O ex-deputado Romeu Tuma Jr está surpreso com a atuação de Jair Bolsonaro no episódio envolvendo a demissão de Gustavo Bebianno.
Ele vê um paralelo com o “método” usado por Lula para rifar aliados que perderam a serventia, mas com “requintes de crueldade”.
“O Lula era um covarde e terceirizava o trabalho sujo. O Bolsonaro está fazendo isso com as próprias mãos. Quem tem a caneta não precisa de subterfúgios para demitir ninguém, não precisa humilhar um ministro publicamente.”
Ex-secretário nacional de Justiça, Tuma Jr foi demitido por suspeita de envolvimento com um contrabandista. Em seu livro “Assassinato de Reputações – Um crime de Estado”, ele alega que as acusações, nunca provadas, foram forjadas a mando do ex-presidente.
“Acho muito triste e extremamente estranho que a máquina de assassinar reputações, que o PT sempre usou contra adversários e aliados descartáveis, esteja se repetindo nesse governo. Pior, com requintes de crueldade.”
Tuma Jr alerta para o rompimento prematuro da relação de confiança que começava a ser costurada no Congresso Nacional, “fundamental para uma base de apoio sólida”.
“Todo mundo agora está com medo até de conversar com o presidente, pois sabe que ele é capaz de vazar uma conversa privada, como ele fez com o áudio que o filho publicou. E ainda acusa o Bebianno de vazar diálogos depois, mas o cara precisa se defender de alguma forma.”
O ex-deputado ressalta ainda o uso das redes sociais na potencialização do dano. “A rede social não tem limites.”
Antagonista