Fiel ao seu partido, PCdoB, leal ao amigo vice governador, Antenor Roberto, Airene Paiva foi para um verdadeiro sacrifício político.
O jovem tabelião sabia que aquela disputa teria um resultado eleitoralmente fraco, mas ele manteve firme a sua palavra, ficou ao lado do seus companheiros que lutavam para eleger o ex-prefeito Maurício Marques em 2020.
Esse movimento foi idealizado pelo grupo de sustentação política da governadora Fátima Bezerra, teve as bençãos do padre Murílo que acreditava em uma reviravolta política na cidade.
O resultado prático dessa engenharia foi a derrota de Maurício para prefeito e o gesto de lealdade de Airene, pois mesmo sabendo que perderia a eleição, continuou fiel ao lado dos camaradas e companheiros, principalmente quando o registro da candidatura de Maurício foi cassado pela segunda vez, Airene se manteve ao lado do companheiro de chapa, dizendo a seguinte frase: “para ganhar ou para perder, eu não lhe abandonarei.
Nesse pleito de 2020, não quero assumir a condição de prefeito, vou continuar sendo o seu vice independente das circunstâncias” políticas e jurídicas.
A lição que Airene deixou é que não importa o resultado, a lealdade e a fidelidade devem sempre estar em primeiro lugar, mesmo sendo o último nas urnas, como foi Maurício.
Em síntese, valores ficam, caráter poucos têm, campanhas existirão de dois em dois anos e cada eleição é uma história, refletindo diferentes momentos na vida de cada um.