O professor de matemática e biomédico Diego Américo, pré-candidato a vereador em Parnamirim, descarta a possibilidade levantada por algumas pessoas, nas redes sociais, que haveria em curso um plano, na cúpula do PSL, para prejudicar a pré-candidatura de Nilda, sua aliada partidária, a prefeita do município. “Ninguém chuta cachorro morto”, resume.
Diego foi entrevistado pelos jornalistas Gilson Moura e João Ricardo Correia, na Liberdade FM. Ele defende a escola em tempo integral e revela que o PSL terá 27 pré-candidatos a vereador na terceira maior cidade do RN.
Em 2017, o professor assumiu a direção do Planetário da cidade, na gestão de Rosano Taveira, pré-candidato à reeleição. Diego explica que foi convidado para desenvolver um trabalho e logo começou a sentir “barreiras”. “Tive embates com a segunda secretária de Educação (sem citar nome), após Francisca Henrique sair, e isso foi me desgastando na base governista, as pessoas foram me tendo como inimigo, foram me tendo como oposição lá dentro. A pré-candidatura do meu irmão, Daniel Américo, a prefeito de Parnamirim também contribuiu para minha saída, pois muita gente poderia pensar que eu era um espião”, recorda.
Após avaliar o quadro político de Parnamirim, Diego relata que procurou a professora Nilda e ela disse que queria ser prefeita para “mudar essa cidade”, assegurando que não teria filha, nem marido candidato a vereador. “Então, apertei a mão dela e disse tá fechado. E saí de lá com o compromisso de união dos dois blocos”, disse.
Diego Américo contou que o MDB tentou “puxar” Daniel Américo, na tentativa de, com isso, conseguir atraí-lo e, consequentemente, seu grupo. Daniel terminou acompanhando Diego para o PSL. “Até chegaram a publicar notas que ele seria o vice de Nilda. Mas acho que faltou Daniel sair dos grupos de WhatsApp e ir pra ruas, bater na porta do povo. Ir pra rua, ir para o mercado público, ir pras praças”, avalia o pré-candidato a vereador.
“Essa conversa de que vão puxar o tapete da professora Nilda no PSL é de quem queria ela como vice na chapa”, reforça Diego, confirmando que existe a possibilidade do retorno do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao PSL, o que deve acontecer, segundo ele, até o final de dezembro de 2020.
O professor Diego Américo acredita que o coronel Dolvim, assessor do ministro Marcos Pontes e pré-candidato a prefeito de Parnamirm pelo PRTB (partido do vice-presidente Hamilton Mourão), não é candidato de Bolsonaro e que “o currículo dele é muito bom para continuar em Brasília”. “Tem muito pré-candidato na sombra de Bolsonaro. Eu quero ver é ter vídeo do presidente Bolsonaro dizendo que apóia esse ou aquele candidato”, desafia.