
Servidores levantaram faixas exigindo um reajuste salarial de 6,27% para toda a categoria.
Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte, em greve desde 25 de fevereiro, realizaram um protesto nesta segunda-feira 10 no Centro de Convenções de Natal, durante um evento com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana.
Da plateia, os servidores vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) levantaram faixas exigindo um reajuste salarial de 6,27% para toda a categoria, além de “valorização profissional” e a implementação do plano de cargos, carreiras e salários dos funcionários das escolas.
O dirigente estadual do Sinte, professor Ekeoma Santos, afirmou que o objetivo do protesto é chamar a atenção do Ministério da Educação (MEC) para que a pasta “interfira, intervenha e contribua” no processo de negociação entre o sindicato e o Governo do Estado.
Quanto à principal demanda dos professores, o Governo do Estado propôs o pagamento do reajuste de 6,27% para toda a carreira, incluindo aposentados e pensionistas, da seguinte maneira:
- 3% a partir da folha de abril;
- 3,25% a partir da folha de dezembro.
No entanto, a proposta foi rejeitada pela categoria nas últimas assembleias, e a greve continua.
O novo piso salarial do magistério foi definido pelo MEC no início deste ano, com reajuste de 6,27%. A Lei Complementar 322/2006, que é válida apenas no Rio Grande do Norte, determina que os reajustes salariais dos professores devem ser aplicados a toda a carreira, incluindo aposentados e pensionistas. Esta é uma particularidade do estado e não uma exigência federal.
Em coletiva de imprensa, Camilo Santana foi questionado sobre o assunto e destacou que o tema está sendo discutido com mediação judicial, confiando em uma solução para o impasse. “Eu sei que a questão está na Justiça, mas há toda a boa vontade da governadora para resolver esse problema e garantir o pagamento aos professores”, declarou o ministro da Educação.
Agora RN