Profissionais de saúde estão sendo empurrados para a morte’

Em pleno epicentro da pandemia de coronavírus, profissionais de saúde estão submetidos a condições de trabalho inaceitáveis. O Intercept teve acesso com exclusividade a uma pesquisa realizada com 627 servidores municipais de São Paulo e mostra como esses trabalhadores correm sério risco para atender a população e manter seus salários. De acordo com a pesquisa, cerca de 62% dos profissionais afirmaram não ter máscaras de uso hospitalar (N95 e FFP2); 52% não têm máscara cirúrgica; 70%, álcool 70; e 30%, avental. Quase um terço dos profissionais afirmou ter 60 anos ou mais – ou seja, também pertence ao grupo de risco. A pesquisa foi realizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, o Sindesp, e oferece um panorama do dia a dia daqueles que estão enfrentando o coronavírus na linha de frente. “Você tem profissional trabalhando com capa de chuva ou saco de lixo tamanho o desespero. Não está tudo em ordem e a população vai sentir isso na carne, porque também vai ficar mais exposta”, diz Sergio Antiqueira, presidente do Sindsep.