Médium João de Deus é considerado foragido

Investigado por crimes sexuais não se apresentou à polícia até as 14h deste sábado (15)

“O João de Deus ainda está vivo”, declarou o médium (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A força-tarefa que investiga o médium João Teixeira de Faria, 76, conhecido como João de Deus, considera-o foragido a partir das 14h deste sábado (15).A decisão foi tomada por investigadores do caso. O horário limite para que o suspeito se apresentasse foi fixado na sexta-feira (14).A força-tarefa é integrada por representantes do Ministério Público de Goiás e da Polícia Civil.A partir deste horário, João de Deus será incluído na lista da Interpol para que seja preso em qualquer lugar do Brasil e do mundo.

O mandado de prisão já está disponível no Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).João de Deus é suspeito de ter abusado sexualmente de mulheres durante os atendimentos espirituais que realizava na cidade de Abadiânia (GO). Ele nega acusações.Os casos começaram a tornar-se público após 13 mulheres relatarem as denúncias no sábado (8) durante o programa Conversa com Bial, da TV Globo, e ao jornal O Globo.

Na segunda (10), Aline Saleh, 29 contou sua história à Folha: “Quem tem de sentir vergonha é ele, e não eu”. Ela diz que, em 2013, esteve na casa e que foi levada para um banheiro, posta de costas e que João de Deus colocou a mão dela em seu pênis.

Segundo a Promotoria, 335 contatos já foram recebidos, com mensagens principalmente por email, incluindo também outros seis países (Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, Estados Unidos e Suíça).Também foram colhidos os depoimentos de 30 pessoas nos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Espírito Santo.

Em comum, a maioria das mulheres diz que recebeu um aviso de procurar o médium em seu escritório ao fim das sessões em que ele atende aos fiéis.No local, segundo as vítimas, João de Deus dizia que elas precisavam de uma “limpeza espiritual” antes de abusá-las sexualmente. Entre as vítimas estariam mulheres adultas, crianças e adolescentes.

O promotor Luciano Miranda Meireles afirmou que os depoimentos podem ser a úncia forma de comprovar as acusações, já que crimes como estupro não ocorrem à luz do dia nem têm testemunhas.

FOLHA DE SP

 

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