Melão lidera exportação em fevereiro e gera US$ 13,8 milhões na balança comercial do RN

Os melões frescos voltaram a assumir a liderança da pauta de exportações do Rio Grande do Norte, após o petróleo (fuel oil) ter se firmado na primeira posição entre os produtos potiguares mais comercializados no mercado internacional desde 2022. Em fevereiro, as remessas da fruta despontaram e chegaram a mais de 19 mil toneladas, o que equivale a um volume negociado de aproximadamente US$ 13,8 milhões, contribuindo para o aumento de 29,8% nas exportações do estado no segundo mês do ano, no comparativo com igual mês em 2023.

Ao longo do ano passado, o RN exportou cerca de 157,3 mil toneladas da fruta, que geraram algo em torno de US$ 117,9 milhões, e no primeiro bimestre de 2024, o volume exportado acumulado já atingiu negociações da ordem de US$ 29 milhões, em função das remessas de mais de 40 mil toneladas da fruta para o mercado externo, principalmente para países como Espanha, Países Baixos e Reino Unido.

O desempenho das exportações de frutas frescas é um dos destaques edição de fevereiro do Boletim da Balança Comercial do RN, um informativo elaborado mensalmente pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante uma série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

Foto: Agência Sebrae

Aumento de 29,8 % nas exportações

De acordo com a publicação, o mês foi marcado por um aumento nas exportações de melões frescos e melancias frescas para a Espanha, Países Baixos(Holanda) e Reino Unido. Completam a lista dos cinco principais itens da pauta o gasóleo (óleo diesel), com um volume de US$ 9,6 milhões, outros açúcares de cana (US$ 5,5 milhões), as melancias frescas(US$ 4,3 milhões), e os mamões papaias (US$ 1,3 milhão). Até janeiro, o produto mais exportado era o óleo de petróleo combustível (fuel oil), porém, esse item não figurou na relação das exportações do mês. Os principais países destino das exportações foram os Estados Unidos, Espanha, Países Baixos (Holanda) e República Dominicana.

Com o envio dessas e outras mercadorias para fora do Brasil, em fevereiro, o total das exportações somou mais de US$ 45,6 milhões, o que representa um aumento de 29,8% em relação a fevereiro do ano passado, quando no mês foram o volume de exportações chegou a US$ 35,2 milhões. O número, no entanto, é menor se for comparado a janeiro. Houve uma retração das exportações potiguares de 35,6%. O valor acumulado das exportações no primeiro bimestre deste ano é US$ 116,5 milhões, que é 4,8% maior que o acumulado no mesmo intervalo do ano passado.

Foto: Agência Sebrae
 

Importações sobem mais de 41 %

Em relação às importações, fevereiro também foi positivo. As mercadorias importadas somaram US$ 24,6 milhões, um avanço de 41,6% em relação a fevereiro de 2023. As principais mercadorias que contribuíram para esse crescimento foram outras gasolinas, exceto para aviação, com um total de mais de US$ 11,8 milhões, o coque de petróleo não calcinado (US$ 1,8 milhão), queijo tipo mussarela fresco (US$ 703,9 mil) e caixas de papel ou cartão ondulados (US$ 417,3 mil). Os principais países de origem das importações foram Estados Unidos, China, Espanha, Argentina e Espanha..

Contabilizando as importações do estado acumuladas nos dois primeiros meses de 2024, o volume chega a US$ 82,2 milhões, uma elevação considerável, mais que o dobro (114,7%) do volume acumulado em igual intervalo do ano anterior, quando o valor foi de apenas US$ 38,3 milhões.

Com esses resultados, a corrente de comércio do estado, que é calculada pela soma das exportações e importações, chegou em fevereiro a US$ 70.223.025. Já a balança comercial do Rio Grande do Norte encerrou o mês com um superávit de mais de US$ 21 milhões.

Tribuna do Norte