A “nuvem de abelhas” que cercou um avião e causou um atraso de mais de uma hora no desembarque de passageiros no Aeroporto de Natal era, na verdade, um enxame transitório, em busca de um novo ninho.
A explicação é do professor Abreu Neto, coordenador do curso de apicultura no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). De acordo com ele, pelo que é possível observar nos vídeos, a espécie era a Apis mellifera africanizada.
“Pelo que vi nos vídeos, tratava-se um enxame transitório, que parou na asa do avião para descansar. Provavelmente ele iria embora, mas por via das dúvidas os rapazes do aeroporto fizeram a prevenção mais correta”, considerou o professor.
Segundo o especialista, o voo de um grande enxame, como o visto no Aeroporto de Natal, não parece ser muito harmônico e fica confuso para quem observa.
“Algumas abelhas mais velhas, chamadas de batedoras, vão na frente, liberando em determinados locais um cheiro chamado feromônio, que ajuda o restante das abelhas a se guiarem em uma direção. Algo semelhante com as formigas que fazem uma longa trilha enfileiradas, umas atrás das outras. É basicamente o mesmo princípio, só que as abelhas fazem isso em voo, o que torna o processo muito mais complicado”, afirma o professor.
Ainda segundo o professor, em determinados momentos, as abelhas param para reagrupar, descansar e verificar como está a rainha. Somente após esse processo, elas continuam o voo.
G1 RN