O homem, que é da cidade de Santa Cruz, teve o alvará de soltura assinado após os novos exames do ITEP sobre o material encontrado na boca do bebê de 10 meses no Hospital Universitário Onofre Lopes.
O órgão policial aguarda ainda o resultado de outros laudos periciais para incluir na investigação, ressaltando que, com base nas análises, buscará alinhamento com o Poder Judiciário sobre o desdobramento do caso.
O homem de 55 anos, detido na última sexta-feira 10 após a intervenção da Polícia Militar, permanece sob custódia. Ele passou por audiência de custódia no domingo 11, quando teve a prisão mantida. O caso está sendo mantido em sigilo, impedindo a divulgação de informações. No entanto, existem duas possibilidades: a defesa do homem pode solicitar, com base no resultado do laudo, sua libertação, ou a Polícia Civil – responsável pelo inquérito – pode requisitar a liberação.
Quanto à aparente discrepância nos resultados dos exames, o Hospital Universitário Onofre Lopes afirmou que “a investigação está sob responsabilidade exclusiva da Polícia Civil, a quem deve ser dirigido qualquer pedido de informação”, sem fornecer esclarecimentos adicionais. A mãe do bebê, que está internado para tratar uma doença rara, expressou seu desejo pela conclusão das investigações para seguir em frente. “Eu, como mãe, só procurei ajuda do hospital para esclarecer uma situação que percebi de errado, não quero prejudicar ninguém”, afirmou.
O Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN) informa que concluiu os laudos do caso de um bebê que supostamente teria sido violentado na enfermaria de um hospital em Natal.
O laudo do exame de pesquisa de espermatozóide e PSA deu negativo. O exame foi feito através do líquido encontrado no bebê, na roupa que ela usava e de swabs coletados na boca e na cervical. As análises dos materiais foram feitas por mais de 12 horas por peritos criminais que são especialistas nesse tipo pesquisa. Além disso, o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) não mostrou nenhum indício de agressão ou violência sexual contra a criança.
Suposto abuso contra bebê de 10 meses
Um bebê de apenas 10 meses foi supostamente vítima de abuso sexual no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) na noite da sexta-feira 10, em Natal. De acordo com o relato da mãe da criança, ao retornar após sair para beber água, ela notou uma movimentação suspeita por parte de um acompanhante de outra paciente que compartilhava o mesmo quarto. Ao perceber algo incomum no bebê, ela imediatamente acionou a equipe hospitalar, composta por enfermeiros e seguranças, que por sua vez entraram em contato com as polícias Civil e Militar. O homem foi detido em flagrante.
A mãe relatou:
“Minha vizinha de quarto saiu, deixando seu esposo com o filho. Meu bebê estava dormindo, e em questão de 3 a 5 minutos, muito rápido, ao retornar, percebi que o homem estava ajeitando a roupa. Corri, liguei a luz e verifiquei meu bebê. Olhei para as partes íntimas e não vi nada anormal, mas ao observar o canto da boquinha dele, havia um líquido estranho.”
A técnica de enfermagem, ao ser informada, chamou outras enfermeiras, que coletaram o líquido para análise em laboratório do hospital. Após o retorno ao quarto, a mãe notou o homem tenso e deixou o local rapidamente com seu bebê, que possui uma síndrome rara afetando fígado, pâncreas e rins, e estava internado para hemodiálise após a colocação de um catéter.
O resultado da análise revelou que o líquido na boca do bebê continha material genético do suspeito. As autoridades hospitalares e as polícias Civil e Militar foram acionadas, resultando na prisão em flagrante do homem. O Hospital Universitário Onofre Lopes confirmou o incidente, lamentando profundamente e se solidarizando com a vítima e a família. O hospital assegurou estar oferecendo todo o suporte necessário.
O caso está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal. A Polícia Civil informou que um procedimento foi instaurado para esclarecer as circunstâncias e responsabilidades, com o processo tramitando em sigilo devido à natureza delicada do ocorrido.
Fonte: www.agorarn.com.br