Com uma sessão solene, na última quarta-feira, a Câmara Municipal de Natal homenageou os 60 anos do Curso Técnico em Mineração do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), por proposição da vereadora Brisa Bracchi. Foram homenageadas 22 pessoas, entre os quais professores e servidores, ex-docentes e ex-alunos (as).
“Vim morar em Natal para estudar, e o IFRN foi a casa que me formou enquanto cidadã natalense. Por isso, estou muito feliz de hoje poder estar nesse lugar, enquanto parlamentar, propor essa homenagem ao curso que está completando 60 anos de história e de avanços. Há algumas décadas, por exemplo, não tinha nenhuma mulher nas turmas desse curso, mas hoje diversas meninas empoderadas são alunas dele, sabendo que esse também é o lugar delas”, ressaltou a vereadora.
“Esse reconhecimento é de suma importância não só para nossa instituição, mas especialmente para os professores e professoras, que infelizmente no nosso país ainda não recebem o devido valor. Então, iniciativas como essa são uma forma de dar e de mostrar o valor desses mestres e da importância deles e delas, para a mudança da sociedade brasileira”, destacou o reitor do IFRN, José Arnóbio de Araújo Filho.
O Curso Técnico em Mineração é o curso mais antigo em oferta no IFRN. Foi implantado em 1963, ainda na Escola Industrial de Natal (EIN), que depois passou a ser Escola Técnica Federal do RN (ETFRN), virou Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e hoje é o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).
O curso forma profissionais para operar equipamentos de extração mineral, sondagem, perfuração, amostragem e transporte; auxiliar na caracterização de minérios sob os aspectos físico-químico, mineralógico e granulométrico; executar projetos de desmonte, transporte e carregamento de minérios; monitorar a estabilidade de rochas em minas subterrâneas e a céu aberto; auxiliar na elaboração de mapeamento geológico e amostragem em superfície e subsolo; operar equipamentos de fragmentação, de separação mineral, de separação sólido–líquido, hidrometalúrgicos e de secagem.
“A mineração é indispensável para a vida no planeta. Todos os insumos para a fabricação dos produtos que nós consumimos vem do setor mineral, que é o setor primário. Sem a mineração seriam impossíveis os avanços da tecnologia. O celular, por exemplo, precisa de 65 minerais para ser produzido”, lembrou o Júlio César de Pontes, ex-aluno e professor do curso desde 1992, que foi um dos homenageados.
Entre as autoridades e personalidades que participaram da sessão solene, compuseram a mesa dos trabalhos, além do reitor do IFRN, o diretor do curso de Mineração, Flanelson Marciel Monteiro; o secretário adjunto de Gestão Escolar do Município, Mário Sérgio de Oliveira; o superintendente da Funcern, Ednaldo de Paiva Pereira, e Paulo Morais, coordenador de Recursos Minerais da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico.
Texto: Ilana Albuquerque
Foto: Verônica Macedo