A Polícia Federal investiga uma fraude que teria concedido cartão de vacinação para pessoas que não se imunizaram contra a covid, entre eles, Bolsonaro.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Bolsonaro foi intimado a ir depor ainda hoje na Polícia Federal.
O celular do ex-presidente e de Michelle foram apreendidos pela PF, mas a ex-primeira-dama nega que tenham levado seu aparelho. Ela fez uma postagem nas redes sociais. Bolsonaro disse que não negou colocar a senha no celular, alegando que seu aparelho não tem senha.
Mais cedo, também havia sido divulgado que ele e Michelle tinham se recusado a informar as senhas para desbloqueio dos aparelhos. Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Um dos principais ajudantes de ordens de Bolsonaro durante a presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, foi preso nesta manhã. Também foram presos o PM Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Rocha .
Ação da PF ocorre dentro de inquérito das milícias digitais
Segundo a PF, a apuração indica que o objetivo das falsificações seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas”, além de “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.
Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores, disse a corporação. A ação da PF recebeu o nome de Operação Venire, que veio da expressão “Venire contra factum proprium” (Vir contra seus próprios atos).
A PF afirmou que esse um princípio base do Direito Civil e do Direito Internacional, que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.
Errata: este conteúdo foi atualizado O coronel do Exército Marcelo Costa Câmara não foi preso, mas sim alvo de busca e apreensão. A informação dos presos foi corrigida e atualizada.
Fonte: www.noticias.uol.com.br