O governo do Estado nunca teve um gestor, com exceção do saudoso Cortez Pereira, desafia Clorisa em entrevista

Neste sábado (27), recebi no programa Voz da Liberdade, na Liberdade FM, a candidata ao governo do estado, Clorisa Linhares, do PMB. A política conversou conosco sobre suas pretenções, como também, o rumo que a fez chegar até disputar o pleito de 2022. “Eu detestava política, achava tudo ladrão, recebi um convite para substituir uma pessoa e fui para a rua a fim de que as pessoas me conhecessem. E naquele ano, eu fui a terceira vereadora mais bem votada de Grossos (RN)”, afirma Clorisa.

No começo do ano, a candidata recebeu um novo convite, sendo que de um partido e precisa esclarecer alguns pontos. “Eu precisava contextualizar para as pessoas. Foram três meses que o PMB passou me convidando e eu afirmando um não. Mas diante da situação e da minha responsabilidade com a sociedade, com a minha família, que é o que eu posso deixar de melhor, é um Estado melhor. E aí, a gente aceitou esse desafio”, garante.

A candidata foi categórica ao afirmar que “o governo do Estado nunca teve um gestor, com exceção do saudoso Cortez Pereira que me lembra um perfil de gestor. E de lá pra cá (se referindo aos anos 70), o Rio Grande do Norte vem sendo administrado por pessoas que não são gestoras, são políticos de carreira e isso colocou o nosso Estado num atraso considerável”, reclama.

Clorisa reclamou também dos inúmeros avanços que nossos vizinhos Paraíba e Ceará alcançaram, deixando o Rio Grande do Norte para trás. E como evangélica, ao ser questionada se a comunidade LGBT não teria espaço em seu governo, disse que anda de mãos dadas com todos. “Jesus veio para o povo. Praticar não é apenas falar. É praticar o respeito. Eu tenho a minha família que é de microempreendedores, e os maiores cargos ocupados nessas empresas são ocupados por homossexuais. E afirmo, que, a sua opção sexual, religiosa e de vida, diz respeito a você. Clorisa Linhares governadora tem a obrigação de que sua vida não possa ser atingida e a sua dignidade em razão das suas escolhas. E que não chegue violência a nenhuma dessas pessoas”, afirma a candidata.

Durante o trabalho que desempenhou na Penitenciária Agrícola Dr Mário Negócio, Clorisa em cinco anos coletou dados para a monografia, a fim de apresentar na conclusão do curso de Direito, e conseguiu identificar e traçar o perfil do apenado. “Pude identificar que 95% do presos eram oriundos de famílias desorganizadas, onde a figura masculina não estava presente. Já 85% da população carcerária sequer tinha o ensino fundamental, onde praticamente só assinava o nome e não tinha uma profissão. E 80% vivia em uma família com cinco pessoas que tinham apenas o salário mínimo para se sustentar. E o governo tem nisso através dos seus órgãos, profissionalizar, capacitar”, conclui.

Clorisa Linhares é Pernambucana, contadora, bacharel em Direito, atualmente estuda psicologia, é casada, tem dois filhos e tem de 50 anos. Além da atuação como vereadora na cidade de Grossos, é servidora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e já foi agente penitenciária.

Assista aqui a entrevista na íntegra