Dirigido pela cineasta Maria Augusta Ramos, o filme que mostra o abalo nas estruturas e na credibilidade da operação Lava Jato a partir de um vazamento de conversas entre várias autoridades brasileiras estreou dia 16 de junho em 50 salas de cinema em todo o país.
O longa-metragem foi batizado de “Amigo secreto”, nome do primeiro chat onde procuradores da força-tarefa da Lava Jato trocavam informações comprometedoras sobre as investigações.
Em Natal (RN), “Amigo Secreto” pode ser visto apenas no Cinépolis, no Natal Shopping. Veja os horários aqui.
O documentário mostra a atuação de quatro jornalistas na apuração e condução das investigações iniciadas a partir das mensagens vazadas pelo hacker Walter Delgatti Neto, são eles: Leandro Demori (The Intercept), Carla Jiménez, Regiane Oliveira, Marina Rossi, todas do El País.
Maria Augusta Ramos é a mesma diretora de “Processo”, filme que narra os momentos que antecederam o golpe e a queda no impeachment contra Dilma Rousseff, em 2016.
“Amigo secreto” contou com o patrocínio de duas organizações independentes – Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa e pelo grupo Prerrogativas.
Em entrevista recente ao canal no yotube do jornalista Luís Nassif, ela explicou que o filme começou a ser gravado ainda em 2019, antes da divulgação pelo site The Intercept Brasil das mensagens vazadas por um hacker e que resultou na série de reportagens batizada de “Vaza Jato”.
– O filme não é sobre o vazamento, mas uma releitura da Lava Jato a partir da investigação de quatro jornalistas nesse processo. As mensagens era uma das fontes que eles usavam. O filme tenta refletir e fazer uma releitura também das consequências da Vaza Jato para a democracia brasileira, para a nossa economia, o que estamos vivendo hoje em termos da ascensão da extrema-direita. Somos gratos a ele (ao hacker) e também aos jornalistas e aos advogados que já denunciavam e escreviam sobre a Lava Jato”, disse.
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