Após parada em Natal, navegador de 79 anos parte em veleiro para travessia do Oceano Ártico

Ucraniano radicado na Bahia, Aleixo Belov já navegou pelo mundo cinco vezes, sendo três delas sozinho. Dessa vez, o desafio conta com adversidades como o frio intenso e o gelo no mar.

O veldor ucraniano radicado na Bahia, decidiu novamente em idade, Âncora, fazer 79 anos novamente em idade, a Âncora, a partir de Salvador, aos veleiro, a partir de Salvador, aos veleiro, a partir de 7 anos de idade. E não para uma jornada curta. Nesta quarta-feira (16), ele Natal, onde chegou há três dias, para cruzar o Oceano Ártico em uma missão que deve durar mais de um ano.

Aleixo é reconhecido nacionalmente e internacionalmente. Por cinco vezes, já atravessou o mundo em veleiros – três delas sozinho – e também já foi ao Alasca e para Antártica. Mas não se contenta. Segundo ele, é o próprio mar que o convida para essas aventuras.

Navegador deixa Natal para tentar cruzar Oceano Ártico
Navegador deixa Natal para tentar cruzar Oceano Ártico

O desafio agora, ele explica, é diferente de tudo que já viveu. Atravessar o Oceano Ártico pelo norte do Canadá exige outras preparações, como lidar com o frio e com o gelo no mar . Além disso, o período de pandemia pode complicar os trâmites para a sequência da viagem.

Com a situação da Covid, tudo ficou mais difícil. Eu preciso chegar ao tempo no norte do Canadá para poder atravessar . explicar.

O velejador explica que não é possível definir o período da viagem antes de chegar ao fim. Apesar disso, reforça que o tempo pode ser inimigo caso ele e os outros tripulantes não cheguem ao trecho antes da parte do mar congelador.

“Não sei se vai dar tempo, porque se eu ficar preso em alguma quarentena nesses países, o mar do norte congela e eu não vou conseguir passar. Se eu insistir em passar, mesmo chegando tarde, eu corro o risco de ficar preso no gelo durante um ano”, conta.

A pressa não é só para o mar não congelar antes da chegada da Fraternidade. É pressa de viver, de navegar, segundo Belov.

“Eu sei que cada dia estou mais velho e mais fraco, então não posso ativar para o ano que vem, por isso que eu estou indo logo”, conta Aleixo, que em 2023 fará 80 anos de idade.

Ele citou os tempos lida com os joelhos que nestes passos e na coluna, o que dificulta o andar, mas que “a cabeça parece estar boa” e por isso mantém o ritmo para velejar em aventuras como essa.

Mas o navegador ucraniano não vai encarar essa missão sozinho dessa vez. O veleiro sai de Natal com outras seis pessoas. “Mais adiante vão entrar outros e quando para atravessar lá pro norte vão ser no mínimo oito pra que sejam duas pessoas o tempo todo no turn”, explicou.

O turno, sem pressa, ele é de 3 pessoas olhando para o gelo, desviando dos mais rápidos e empurrando os tempos adiante e os mais leves, pra passar e os empurrando o tempo. Não pode ficar parado na explicação.

A viagem, o veleiro polar Fraternidade, também é preparada para a missão. O barco é todo isolado com 12 centímetros de espuma pros tripulantes não congelados e tem um pequeno conjunto interno que, segundo Aleixo, “não está bom, mas quebra o galho”. Ele explica ainda que vai colocar diesel apropriado para locais mais frios.

Aleixo trata essa viagem como uma das mais difíceis que já fez. Além da imprevisibilidade do mar, obstáculos já conhecidos, como o gelo.

O vento joga o gelo para um lado para o outro. Você tem que esperar . Até ser espremido entre um iceberg e outro. Apesar de que meu barco é de aço, ele deve resistir”, conta.

Por outro lado, diz que, com o volume global, a quantidade de gelo contra, mas cita que outro tempo é o frio. “Tem que ter roupas muito boas vistas, pra frio, máscara de ampla não congelar os olhos”.

Além disso, a navegação não é das melhores no Oceano Ártico . “A carro lá navegação não é muito fácil, tem muita correnteza, tem lugares estreitos, cheios de pedra.

Ele conta que no século 19, 500 pessoas morreram tentando atravessar o Oceano Ártico ao tentarem o caminho mais fácil. “Mas isso era aquele tempo que os barcos feitos eram de madeira, aqueles barcos enormes com 50 a 100 pessoas por tripulação comendo carne de porco e como conservas eram soldadas com chumbo, que envenenava as pessoas”,.

“E não estava cartografado. Eles iam por lugares que não tinham saída, tinham que voltar, mais acessíveis no gelo. Hoje temos como cartas náuticas, temos comida de boa qualidade. Temos rádio pra, GPS, até internet a bordo”.

O caminho completo planejado é: ir para o mar do Caribe, atravessar o mar do Panamá, subir Oceano Pacífico, chegar no Alasca, atravessar por cima do Canadá, sair na Groenlândia, descer pela Costa da África, parar na Costa dos Açores e voltar para o Brasil.

O navegador diz que é preciso estar preparado para adversidades em toda a viagem. “Todas as dificuldades gente não sabe. Se a gente sabia, não precisava nem ir, tinha em casa já saber. A gente vai justamente pra descobrir”.

O tempo, ele planeja, é de que seja de pouca coisa mais de um ano para completar todo o trajeto, mas não dá para prever.

“O que vai acontecer, se vai dar certo, nada disso a gente pode dizer de antemão, gente vai seguindo e mais adiante a gente vai saber”.

Nasceu em 9 de janeiro de 1943 em Merefa, na Ucrânia, e ainda pequeno imigrou com os pais para o Brasil, onde foi radicado na Bahia, estado em que mora até hoje. Aleixo Belov da Marinha do Brasil o reconhecimento de ser recebido o primeiro navegador a dar uma volta ao mundo sozinho com veleiro de bandeira brasileira, o “Três Marias”. Ele conta essa história no livro “A Volta Ao Mundo Em Solitário”. O navegador já deu a volta ao mundo cinco vezes.

 

Fonte: G1 RN