O presidente Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas, nesta quinta-feira (23), que vai usar todo o prazo de que dispões (15 dias) para decidir se sanciona integralmente ou veta partes da decisão do Congresso que abre o mercado para empresas aéreas com capital 100% estrangeiro, o que era até agora vedado.
A dúvida tem a ver com o artigo que restabelece a franquia ou gratuidade de uma mala de 23kg por passageiro. “Vou decidir aos 48 do segundo tempo”, disse ele, mas afirmou que o seu “coração” é contra a cobrança, mas terá de decidir como presidente da República e de acordo com suas convicções liberais.
As áreas de Infraestrutura e Transportes do governo também defendem o veto à proibição de cobrança de malas pelas empresas de aviação civil. O temor é que a medida desestimule a vinda para o Brasil de empresas aéreas de baixo custo, que cobram tarifas bem reduzidas, em relação à concorrência, desde que levem apenas uma bagagem de mão. Qualquer outro volume é cobrado.
A afirmação do presidente foi feita durante mais uma rodada de conversa com jornalistas, como vem fazendo frequentemente. Ele minimizou a decisão da Câmara de manter o Coaf no Ministério da Economia, lembrando que o governo é o mesmo, e comentou as manifestações previstas para domingo (26), afirmando que não quer para o Brasil nada parecido com a crise venezuelana
(Diário do poder)