BLECAUTE GERAL. AS IGREJAS QUEREM LUZ

Na cidade de Parnamirim, o desgaste na relação poder executivo e poder eclesiástico é assustador. Nos últimos dias, um fato vexaminoso causou muita revolta aos paroquianos e fez até o padre Murílo, pároco municipal, chorar. Desde muito tempo, a prefeitura municipal de Parnamirim se comprometeu a custear o ‘vale luz’ para a igreja católica e algumas igrejas evangélicas, da Cidade Trampolim da Vitória, mas este ano, o prefeito deixou o padre e o pastor no escuro. Nos últimos dias, a movimentação na casa paroquial foi tão grande que chamou a atenção, das pessoas que praticavam exercícios físicos na pista de caminhada, na Cohabinal. Observadores disseram que nunca se viu tanto político, de diversos partidos, indo se solidarizar com o padre Murílo. O sacerdote está extremamente aborrecido com o representante do executivo municipal, o prefeito não pagou a conta de luz e a Cosern veio cortar a luz da igreja durante a festa da Padroeira Nossa Senhora de Fátima. Uma vereadora e uma pessoa próxima ao padre relataram que Murílo está tão chateado ao ponto de preferir falar no ‘cão’ a conversar com o coronel.
No campo político, o estrago é maior ainda, pois o padre é amigo particular da governadora Fátima Bezerra e um sargento eleitoral desse grupo de Parnamirim. Vale lembrar que em todas as campanhas o pároco se posicionou ao ponto de se expor como fez nos últimos 16 anos para defender esse grupo político. O padre Murílo recebeu a visita do ex-prefeito Maurício Marques, desabafou sobre o ocorrido e chegou a dizer que “se arrependimento matasse, ele estaria morto” por ter elegido Taveira. O ex-prefeito Maurício contou segredos de confessionário sobre o que fez para colocar o coronel nessa cadeira. O clima é tenso entre os poderes político e eclesiástico, o prefeito foi aconselhado a recorrer ao arcebispo para tentar explicar a situação e reverter esse desconforto. Há um detalhe a ser considerado, o prefeito Taveira anda longe dos ambientes religiosos, especialmente, a igreja católica e evangélica, acredita-se que o motivo desse distanciamento seja sua inadimplência com o compromisso do ‘vale luz’ das igrejas. Uma pessoa ligada à atual administração e bastante assídua nas missas comentou que o prefeito estava sendo ingrato e talvez deixou-se ser usado por um espírito de tranca rua, por estar causando tanto vexame ao padre.

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