
Referência para as artes do corpo no Rio Grande do Norte, a Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão (EDTAM) já está pronta para receber os cerca de 500 alunos e alunas atendidos anualmente pela instituição. A escola teve o seu prédio ampliado e restaurado pelo Governo do RN, com recursos viabilizados pelo Governo Cidadão junto ao Banco Mundial.
A governadora Fátima Bezerra recebeu o prédio da empresa executora, PS Engenharia, nesta quarta-feira, 19, ao lado do vice-governador Antenor Roberto, do secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, também coordenador do Projeto Governo Cidadão, da Secretária estadual de Turismo, Ana Maria Costa, e do diretor da Fundação José Augusto (FJA), Crispiniano Neto.
A unidade mantida pelo Governo do Estado, por meio da Fundação, recebeu recursos da ordem de R$ 1,9 milhão, viabilizados pelo Governo Cidadão por meio do acordo de empréstimo com o Banco Mundial.
“Estamos enfrentando uma crise sanitária sem precedentes a qual estamos combatendo todos os dias. Mas também estamos tocando obras e ações ligadas ao fomento cultural para que os potiguares possam ter de volta o acesso pleno à cultura, o que foi inviabilizado pela falta de investimento de décadas”, disse a governadora, Fátima Bezerra.
Há mais de duas décadas sem receber sequer uma manutenção, o local passou por uma restauração integral e complexa. Como o imóvel é tombado, o Governo afirmou que foi necessário um serviço de restauro qualificado prestado por um reduzido número de empresas. Tanto é que a licitação teve que ser realizada duas vezes para que a PS Engenharia LTDA fosse habilitada para tal.
Iniciada na gestão do governo anterior e abandonada pela empresa executora em 2019, a obra passou por um detalhado processo administrativo de apuração de responsabilidades.
Em setembro de 2020 houve o retorno das obras da escola, após um longo processo de tratativas entre o Governo do Estado, PS Engenharia e o Ministério Público do RN, junto ao Tribunal de Contas do Estado, foi assinado um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG).
O antigo piso desnivelado das salas, que sujeitava alunos a acidentes como torções no pé, foi substituído por um do tipo flutuante, comum às grandes escolas de dança, que garante um revestimento linear, absorve impactos e, consequentemente, é mais seguro, além de promover o isolamento acústico.
Às três salas de dança, mais uma foi somada, totalizando quatro. Um elevador, rampas de acessibilidade, praça de alimentação e biblioteca também foram incluídos no prédio.
A expectativa é que agora a Escola de Dança do TAM possa voltar a receber em média 500 alunos e alunas anuais, número que havia sido reduzido à metade desde que a escola precisou deixar sua sede para abrigar-se provisoriamente no Memorial Câmara Cascudo.
Sobre a Escola de Dança
A escola de dança que é referência no RN funciona em um sobrado de dois andares, no bairro histórico da Ribeira, na capital, que foi sede do governo no século XIX, além de um bar, ponto de encontro dos soldados americanos que em Natal viveram durante a Segunda Guerra. Desde 1986, mais de 10 mil alunos e alunas já tiveram acesso à formação e cultura através do ensino da dança no local, grande parte deles e delas, carentes e vindos de todo o estado.
O evento de entrega do prédio contou com uma pequena apresentação de dança das bailarinas Laura Eduarda e Margoht Lima, acompanhadas pelo músico da Orquestra Sinfônica do RN, Leixon Rodrigues. A poesia “Operário em Construção”, de Vinicius de Moraes, foi declamada pelo professor, escritor e ator Aécio Cândido, diretor Administrativo da FJA, homenageando as pessoas envolvidas na obra.
Também participaram do evento o diretor da FJA, Fábio Lima, e o secretário-adjunto da Infraestrutura, Haroldo Azevedo Filho, além de representantes das secretarias e órgãos envolvidos.