59% acham que a vacina contra covid-19 deve ser obrigatória

Vacinação contra a gripe Influenza em postos de Drive-Thru, no Lago Norte . Sérgio Lima/Poder360 24.02.2020

Pesquisa do PoderData mostra que 59% defendem obrigatoriedade da vacina contra a covid-19. O número variou 3 pontos percentuais para mais em relação ao último levantamento, feito há um mês. Entre aqueles que dizem que a vacina não deve ser obrigatória, foram 3 pontos a menos.

A pesquisa foi realizada pelo PoderDatadivisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 23 a 25 de novembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 479 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS

A pesquisa do PoderData também trouxe os recortes por sexo, idade, região, escolaridade e renda dos entrevistados, com os percentuais de quem mais apoia, rejeita ou considera que a obrigatoriedade da imunização só deve ser imposta aos grupos de risco.

Quem mais defende a vacina obrigatória:

  • quem tem 60 anos ou mais (75%);
  • os que ganham até 2 salários mínimos (70%);
  • moradores do Sudeste (65%);
  • mulheres (64%).

Quem mais rejeita: 

  • quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (55%);
  • os que ganham de 5 a 10, e mais de 10 salários mínimos (48% em ambos);
  • moradores do Centro-Oeste (45%);
  • pessoas com ensino superior (41%).

BOLSONARISTAS REJEITAM MAIS

Quase metade (49%) do grupo que avalia o presidente como “ótimo” ou “bom” discorda da obrigatoriedade. O percentual é menor (21%) entre quem rejeita Bolsonaro ou considera seu trabalho regular.

Segundo Bolsonaro, seu governo não vai obrigar à vacinação.

PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO

O Ministério da Saúde anunciou na 3ª feira (1.dez.2020) que o Plano Nacional de Imunização contra a covid-19 só ficará pronto quando houver uma vacina registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que a vacina “precisará mostrar seus dados de segurança e eficácia para a população brasileira”.  Ele também disse que o Brasil tem o principal programa de imunização do mundo e vai usá-lo para a aplicação da vacina contra a covid-19.

Poder 360.