Operação “Olho no Peixe, Outro no Gato” desativa ligações irregulares de energia em Natal e Macaíba

A Neoenergia Cosern deflagrou uma operação batizada de “Olho no Peixe, Outro no Gato” para identificar possíveis ligações irregulares (ou fraudes) de energia em fábricas de gelo, viveiros de camarão e pontos de vendas de peixes em Natal e Região Metropolitana. Ao todo, 83 endereços foram visitados e as 13 equipes da distribuidora envolvidas na ação desativaram cinco “gatos” de energia em peixarias na Vila de Ponta Negra, Planalto, Redinha e Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, e num viveiro no bairro de Ferreiro Torto, em Macaíba. Todas as fábricas de gelo visitadas estavam regulares e a fiscalização vai continuar nos próximos dias.

“Infelizmente, alguns comerciantes insistem nesta prática que, além de crime, representa risco à segurança da população, provoca perturbações no fornecimento de energia da região e pode causar a queima de eletrodomésticos dos vizinhos. Ao longo dos últimos anos, investimos e desenvolvemos sistemas de inteligência, monitoramento e identificação de fraudes mais robustos no sistema elétrico da distribuidora. Com isso, conseguimos reduzir o número de ligações irregulares consideravelmente este ano quando analisamos o número de endereços fiscalizados”, ressalta Ângela Barreto, gerente de Gestão da Receita da Neoenergia Cosern.
Balanço das ações
De 01 de janeiro até 31 de março deste ano, a Neoenergia Cosern realizou 4.263 inspeções e identificou e desativou 1.246 ligações irregulares (ou fraudes) em todo o estado, recuperando cerca de 4,4 milhões de kWh de energia. Esse volume seria suficiente para abastecer, por exemplo, Natal, São Gonçalo do Amarante, Caicó e Santa Cruz juntas por 24h. Em 2024, o balanço geral da “Operação Varredura” resultou na recuperação de quase 18 milhões de kWh de energia.
Esse quantitativo seria suficiente para abastecer, por exemplo, todo o Rio Grande do Norte por um dia ou um município do tamanho de Caicó, de Macau ou de Pau dos Ferros durante um mês. Esse número foi alcançado após a realização de 21 mil inspeções que resultaram na identificação e desativação de 4.868 fraudes no sistema elétrico em todo o estado em 2024.
O gato de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e a pena para o responsável pela irregularidade (fraude, furto ou adulteração de medidor) pode chegar a oito anos de reclusão. A população pode denunciar ligações clandestinas de energia elétrica, de forma anônima e segura, no telefone 116 da Neoenergia Cosern.

Morre o ex-vereador Bertone Marinho

Faleceu na manhã desta sexta-feira (18), em sua residência, o ex-vereador da cidade do Natal, Bertone Marinho. A notícia pegou de surpresa familiares, amigos e a comunidade política da capital potiguar. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento.

Bertone Marinho deixa um legado de atuação pública e de serviços prestados à cidade. O Blog do GM expressa os sinceros sentimentos de pesar aos familiares e amigos.

O beijo do pai e o olhar doce da mãe

Kakay e pai na praia
Beijos, afeto e humor moldam a vida de um mineiro entre lembranças, perdas e o doce silêncio da velhice; na imagem, Kakay e seu pai, Alaor do Leão, posam para foto em um dia na praia de Copacabana, no Rio, em 1977.
“O beijo não vem da boca.” 
–Ignácio de Loyola 
Brandão Quando era adolescente, lá no interior das minhas Minas Gerais, uma das alegrias era receber os parentes e amigos nas férias. Como não tínhamos dinheiro para viajar, a emoção era colocar os primos paulistas para montar em bezerros, em pelo, e acompanhar os tombos. Outra emoção, mais sofisticada, era esperar as meninas que vinham passar uns dias na cidade. Certa vez, chegou a moça mais bonita que já havia pisado na terra. O ar ficou rarefeito. Todos se alvoroçaram.
Eu queria impressioná-la, eu e a torcida do Cruzeiro –a maior de Minas. Patos de Minas só tinha um prédio: o Alvorada, com 6 andares. Eu era amigo do porteiro –muito chique– e combinei com ele de levar a menina para “andar de elevador”. Porta pantográfica, um luxo. Quando o elevador começou a subir, notei que ela não estava se emocionando. Perguntei: “Você mora em casa ou apartamento em São Paulo?”. Ela respondeu: “Apartamento”. “Qual o andar?”, indaguei aflito. E ela disse: “29º!”. Quando chegamos no 6º andar, olhei um vale que se descortinava e mostrei um casebre de adobe ao fundo e falei que iria contar um segredo. Comentei que havia nascido no casebre e morava lá. Ela ficou encantada. Namoramos durante todo o período das férias. 
A minha casa em Patos de Minas era um espaço de amor, alegria e felicidade. E, principalmente, de humor. Vivia repleta de parentes, primos e amigos. Certa feita, um companheiro de Belo Horizonte, ao passar uma tarde conosco, ficou muito impressionado como o meu pai interagia com a meninada. Brincávamos de luta e os meninos adoravam. E eram milhares de carinhos e beijinhos sem ter fim. Despudorados. Amorosos. E eu fiquei alarmado quando ele me disse, ao me ver abraçar meu velho e lascar um monte de beijinhos: “Meu pai e eu nunca nos beijamos”. 
Essa verdade triste me acompanha até hoje. Tenho para mim que tudo isso ajuda a forjar nosso caráter. Ao longo da vida, passamos, e quem não passou, por poucas e boas. Dificuldades que davam a impressão de que o mundo tinha se virado contra nós. De todas as espécies. De quebrar financeiramente e ficar sem ter onde morar, inclusive, morando, mais tarde para estudar, num barraco de 12 m2 com teto de zinco e banheiro do lado de fora, até aprender a pegar carona de carro nas estradas, nas quadras para ir à aula na UnB e até em aviões da FAB nos aeroportos. 
Ou cantando em bares à noite para ter cerveja, caipiroska e um prato na madrugada. A gente aprende a se virar e um único companheiro nos acompanhou sempre: o humor. E, quando tivemos que mudar de uma casa grande para uma que era do tamanho da sala da anterior, eu ouvi do meu pai: “Aqui a gente fica mais juntinho, mais perto”. E tomem beijos, abraços, carinhos e 1.000 histórias contadas afetuosamente. Anos depois, já em Brasília, meu velho pai estava com 85 anos sem nunca ter sido internado e sem ir ao médico.

Foi convencido a procurar um hospital por causa de uma tosse. Um erro médico o levou. Partiu levando parte das nossas vidas e da nossa alegria. O mundo ficou meio sem cor sem aquele monte de beijos carinhosos. Sem a perspicácia de uma brincadeira de quem era vaqueiro, boiadeiro e olhava a vida com sinceridade. A sofisticação rara da sinceridade amorosa e sem culpa. E como a vida segue, tem que seguir, todos os nossos sentimentos se concentraram na minha mãe. Uma mulher doce, inteligente e mais fechada. Até vir, aos 90 anos, certo alheamento em relação às preocupações naturais do mundo.
Ficou leve. Sempre com um sorriso e sem as travas que lhe acompanharam a vida toda. Agora, aos 96, graças a Deus sem nunca ter sido internada, operada ou ficado doente, parece, às vezes, morar em um mundo só dela. Olha a todos com um olhar doce e meigo, mas, ocasionalmente, parece vagando. Nunca reclama e não consegue mais andar direito. Como não tem dor, graças a Deus, mantém um bom humor e um jeito amoroso. Reconhece todos, porém, no mais das vezes, não consegue interagir. Mas ainda surpreende e ganha uma partida de dominó. Quando está mais alheia, reage bem a um beijo carinhoso.

E devolve com a leveza profunda que só o beijo de mãe pode ter.
Como passamos a vida toda felizes juntos, com muito carinho desmanchado em toques e afetos, o fato de ela estar abstraída, em um mundo à parte, não nos entristece completamente. Emociona, sim. Mas o beijo carinhoso e maternal garante uma felicidade indecifrável. E eu sinto nos doces olhos dela, e em um silêncio amoroso, que ela também é feliz. Só Pessoa pode explicar esses momentos: “Há tanta suavidade Em nada se dizer E tudo se entender.”
Poder 360

Peixe para o povo. Vereador Afrânio mantém tradição de Páscoa e distribui 20 tonelada do pescado

Um tradicional evento de distribuição de peixe marca a semana santa, e, na Páscoa, o vereador Afrânio Bezerra, faz a festa e também alegria de milhares de famílias que recebem o alimento. Para Afrânio, este momento é de muita felicidade, pois pode contribuir com peixe para a Semana Santa dessas famílias.

“Esse evento não vai parar e todos os anos a gente aumenta o número de beneficiários, hoje nos 20 anos, foram destruído 20 toneladas e o meu sonho é um dia poder distribuir para toda Parnamirim. Aproveito, para desejar uma feliz Páscoa para todos.”, afirmou o vereador emocionado.

Veja as imagens do evento.