Corpo de pescador desaparecido em Pipa é encontrado próximo à costa neste domingo (16)

 

Foto: reprodução

As equipes de resgate localizaram na manhã deste domingo (16) o corpo do pescador e marinheiro auxiliar de convés, Ademir Galberto, que estava desaparecido desde o sábado (15), na praia de Pipa, litoral do Rio Grande do Norte. Ele sumiu no mar enquanto realizava uma pesca submarina com seu irmão. A informação foi divulgada pelo portal Tibau Notícias Pipa.

Segundo as autoridades, o corpo foi encontrado próximo à costa, em uma área onde as buscas vinham sendo realizadas com o apoio de mergulhadores. A identificação foi confirmada por familiares.

Desaparecimento e mobilização da comunidade

Ademir Galberto desapareceu por volta do meio-dia do sábado (15), em um ponto a cerca de 7 km da costa, em mar aberto. Ele e o irmão estavam pescando quando o incidente ocorreu. O irmão conseguiu retornar à embarcação, mas Ademir não foi mais visto.

As buscas foram iniciadas na tarde do sábado, mobilizando o Corpo de Bombeiros, a Marinha do Brasil e o helicóptero da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed).

Tribuna do Norte

As rupturas de Shakespeare

Marcelo Alves Dias de Souza

Na semana passada, tratei aqui dos “roubos” de Shakespeare (1564-1616), no sentido de que o Bardo, com poucas exceções, não teria inventado os enredos de suas peças. Ele tinha suas “fontes”. Shakespeare reescreveu histórias antigas ou lendárias; trabalhou a partir de obras de escritores italianos relativamente próximos de seu tempo; adaptou ficções populares de seus compatriotas contemporâneos. Ele apreendeu e compreendeu essas ideias; reinterpretou-as para diferentes universos e épocas; disse o não dito a partir do já dito. Com seu gênio, roubou/transformou o que já era muito em muito mais do que muito.

Mas o que fez ser Shakespeare – e sua obra dramática – muito mais do que muito?

O Bardo foi, entre outras coisas, um disruptor, dando a este vocábulo um sentido não só negativo de destruição, mas também de consequente e positiva reconstrução.

Shakespeare marca uma clara ruptura com a tragédia grega. Ele lia os clássicos gregos para fins de elaboração de suas peças, é vero. Ao escrever suas peças “romanas”, ele baseou-se amplamente nos escritos de Plutarco (46-120). Ele estava também familiarizado com a sabedoria Bíblica. Mas, se a Grécia é o berço do teatro ocidental, da tragédia clássica com a sua lei das três unidades – tempo, lugar e ação – segundo Aristóteles (384-322a.C.), Shakespeare rompeu com isso em direção ao teatro/cena moderna. O seu tempo é mais longo (e não um só dia como na tragédia clássica), seus cenários são múltiplos e tanto os seus protagonistas como as suas personagens secundárias determinam o rumo da trama.

Se Shakespeare foi um revolucionário mestre das tragédias, ele também o foi das comédias. Com um adendo importantíssimo: misturando-as sublimemente adocicadas com romance. Se, em especial no teatro grego, a tragédia e a comédia eram tratadas separadamente, Shakespeare, no seu palco, imita a vida, essa nossa “tragicomédia” de paixões, de idas e vindas, real e cotidiana.

Sob o ponto de vista linguístico, ele foi um inigualável inventor de palavras. Dotado de uma mente perceptiva, que respondia célere e inventivamente às inspirações da linguagem literária e falada, é imensurável a influência de Shakespeare para o desenvolvimento do vocabulário, da língua e da cultura inglesas dentro do seu país e mundo afora. Como anotam Leslie Dunton-Downer e Alan Riding, em “Essential Shakespeare Handbook” (Dorling Kindersley, 2004), “nenhum outro poeta possui uma criatividade vocabular tão plena quanto Shakespeare, que introduziu no inglês cerca de mil e quinhentas novas palavras entre as vinte mil utilizadas em suas obras. Muitas das mais conhecidas frases ainda hoje em uso na língua inglesa apareceram pela primeira vez nas suas peças e na sua poesia”.

A partir das suas “fontes” históricas/literárias ou desenvolvendo-as inteiramente do zero, Shakespeare foi o criador de personagens humanizadas, que, embora vivendo suas estórias fantásticas, parecem muito próximas de nós em suas qualidades e, sobretudo, em seus defeitos. Conforme registra Caroline Cunha, no texto “As inspirações do teatro de Shakespeare”, no blog Letras in.verso e re.verso, “a dramaturgia shakespeariana é conhecida por sua extensa galeria de personagens emblemáticos como Hamlet, Ofélia, Otelo, Iago, Cleópatra, Rei Lear, Macbeth, Desdêmona, Rosalinda, entre outros. Shakespeare criou mais de mil personagens, muitos são dotados de uma dimensão interior nunca vista antes nas histórias. Da pena do autor saíram diálogos que discutem temas da filosofia, da teologia, da metafísica. Seus personagens vão do desespero à felicidade, em tramas que falam de amor, loucura, guerra, disputa pelo poder, política e liberdade. Shakespeare criou alguns dos primeiros anti-heróis da literatura, protagonistas que não possuem vocação heroica, têm um quê de malvados, podendo realizar a justiça por motivações egoístas”. E, citando o professor de literatura inglesa da USP John Milton, arremata a autora: “‘Todos os grandes heróis trágicos dele têm falhas com as quais podemos nos associar, como o ciúme de Otelo, a ambição de Macbeth, a atração pelo poder de Ricardo III, a procrastinação de Hamlet e, na tragédia de Cleópatra, Marco Antônio é um homem poderoso que larga tudo por amor. Todos os personagens têm essas características muito humanas’”.

Talvez por isso tudo seja Shakespeare hoje reconhecido como o inventor do “moderno” e, como quer Harold Bloom (1930-2019), do “humano”.

Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

Câmara de Parnamirim entrega mais de 450 carteiras de identidade à população

A Câmara Municipal de Parnamirim informa que as carteiras de identidade solicitadas entre novembro e dezembro de 2024 estarão disponíveis para retirada na Sala do Cidadão, na sede do Legislativo. Serão entregues 453 documentos de identificação à população.

Para retirar o documento, é necessário ter em mãos o protocolo entregue no ato da realização da identidade. Em caso de perda, a retirada só é permitida ao titular ou responsável, mediante apresentação do documento de identificação.

Em parceria com o Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), a Casa Legislativa é um dos órgãos públicos onde você pode realizar a emissão do RG. O atendimento à população em 2025 terá início após a autorização do Instituto, e os cidadãos serão devidamente informados.

Agripino dispara: “uma mão lava a outra” e nega candidatura ao governo, enquanto Nilda pede emendas para Parnamirim e Allyson brilha como gestor

O ex-senador José Agripino Maia marcou presença no encontro dos prefeitos do União Brasil em Parnamirim. Nas conversas informais, o prato principal foi a política, com o calendário eleitoral de 2026 na ordem do dia. Também participaram os deputados federais Benes Leocádio e Carla Dickson.

No bloco dos prefeitos, estavam Judas Tadeu (Caicó), Mariana Almeida (Pau dos Ferros), Paulinho Freire (Natal) e Nilda (Parnamirim), acompanhada da vice-prefeita Kátia Pires. O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, acabou sendo um dos destaques do encontro. Ele falou como candidato a governador e saiu do almoço com um gostinho de quero mais, pedindo para repetir a dose, criando espaços nas agendas para essa troca de experiências nos campos administrativos e político.

Durante o evento, a prefeita Nilda expôs as dificuldades financeiras enfrentadas por sua gestão e fez um apelo aos deputados federais pela destinação de emendas para Parnamirim. Ciente da influência de Agripino em Brasília, deixou claro que a união em torno do município será decisiva para definir sua posição política em 2026.

Já José Agripino foi direto, mas estratégico. Mandou um recado à direita potiguar, ressaltando que não estava ali para lançar candidatura, mas sim para buscar a união do grupo em torno de uma grande vitória. Citou nominalmente outras lideranças da direita no estado e alertou: sem coesão, a disputa contra a esquerda será extremamente difícil em 2026.

O encontro serviu para o prefeito Allyson Bezerra apresentar aos colegas de partido algumas estratégias utilizadas na gestão de Mossoró que o tornaram um fenômeno eleitoral da segunda cidade do estado. 

Prefeita Nilda adota medidas pioneiras para transformar a gestão pública

A administração municipal de Parnamirim inicia 2025 com um conjunto de medidas inovadoras para tornar a gestão pública mais eficiente e estratégica. Em uma iniciativa pioneira, a prefeita tem conduzido reuniões com todas as secretarias para alinhar prioridades, definir metas claras e garantir um acompanhamento rigoroso dos resultados.

Entre as ações determinadas, destaca-se a revisão de contratos administrativos, com o objetivo de reduzir custos em até 30%, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados à população. A proposta não é apenas cortar despesas, mas sim otimizar recursos, eliminando gastos desnecessários e assegurando que cada investimento tenha um impacto real no município.

Com essa abordagem, a prefeita Nilda reafirma seu compromisso com uma gestão pública mais moderna, transparente e responsável. Ao exigir planejamento e resultados concretos, ela estabelece um novo padrão para a administração municipal, garantindo que Parnamirim avance com eficiência e equilíbrio fiscal.

Extrema-direita: vale tudo pelo poder

Bolsonaro, Trump e Milei
Articulista afirma que a políticos da extrema-direita mudaram a forma de política e apostam na bizarrice como método de ação; na imagem, o presidente da Argentina, Javier Milei, e dos EUA, Donald Trump, e o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro.

Por Kakay.

“A humanidade é uma revolta de escravos. A humanidade é um governo usurpado pelo povo. Existe porque usurpou, mas erra porque usurpar é não ter direito.” –Fernando Pessoa, na pessoa de Caeiro Certa vez, na minha pequena Patos de Minas, houve um assassinato. O político e advogado Milton Campos foi à cidade fazer a assistência de acusação. Ele havia sido governador e ministro da Justiça. O plenário ficava sempre cheio para vê-lo falar. Diz a lenda que o advogado, antes de iniciar o julgamento, perguntou a uma testemunha, no intuito de prepará-la: “Onde a senhora estava no momento.

Iniciado o júri, o advogado avisa baixinho à testemunha: “Como estamos no plenário, com muita gente, responda ânus e não cu, é mais polido”. E então perguntou: “Onde a senhora estava na hora do crime e o que viu?”. A senhora, toda chique para o depoimento, com roupa de festa e bobes no cabelo, havia ficado desconcertada com a instrução recebida. Nervosa e sem graça, respondeu: “Dr. Miltis, como é o apelido que o doutor punhou no cu da nega?”. Ou seja, quase todas as pessoas se preocupam com a maneira de falar em público. Aprendemos, desde cedo, que a oratória pode ser uma arma. 

Tentar ser educado, escolher as palavras certas e não ser agressivo sempre foram regras a serem seguidas para passar credibilidade e confiança. Até isso a extrema-direita mudou na forma de fazer política. Basta acompanhar o jeito, trabalhado e intencional, desses estranhos políticos que apostam na bizarrice como método de ação. E com estrondoso sucesso. O modo caricatural do presidente Trump de fazer provocações baratas, ríspidas e ridicularizando as pessoas virou uma marca registrada. E que amealha milhões de seguidores fanáticos. Na mesma esteira, o ex-presidente Bolsonaro aposta nas palavras chulas, no ataque rasteiro às mulheres, aos pobres, aos negros, à comunidade LGBTQIA+, enfim, a toda sorte de atitudes que deveriam expô-lo ao ridículo, mas servem como estratégia política.

Mas a sedimentação da vulgaridade e da agressividade na forma de se comunicar parece fazer parte de uma estratégia mais ampla de introduzir propostas e resoluções macabras para uma sociedade quase anestesiada de tanta agressividade vulgar. Recentemente, um motorista de táxi, na Flórida, respondeu a uma pergunta simples feita pelo ministro da Defesa, José Múcio: “Quem é melhor: Kamala ou Trump?”. A resposta foi significativa: “Kamala é melhor, mas vou votar no Trump. Precisamos de um doido aqui. O povo deixou de ter medo da América. Do lado de lá, tem os aiatolás. Os doidos estão todos do lado de lá. Perderam o temor que tinham por nós”.

É a vitória dessa pregação da força bruta como maneira de agir. A partir dessa verdadeira lavagem cerebral, vão sendo implementadas políticas de terra arrasada. Da esdrúxula, criminosa e imoral proposta de limpeza étnica na Faixa de Gaza, com a criação de uma Riviera do Oriente Médio às margens do Mediterrâneo, até a volta dos canudos de plástico, com a eliminação dos de papel. O detalhe é que, ao criticar os canudos de papel, Trump ainda ridiculariza aqueles que se preocupam com os estragos do plástico no meio ambiente e nos mares: “E eu não acho que o plástico vai afetar muito um tubarão, já que eles estão comendo e mastigando tudo o que podem no oceano”. O grotesco mora nos detalhes. Não basta o retrocesso de incentivar o uso do plástico, tem que fazer pilhéria sobre os que se preocupam com a sustentabilidade. Tudo isso é dirigido a uma turba ensandecida que vibra e se sente representada. 

São os mesmos que ocuparam os quartéis em Brasília, batendo continência para pneus e se comunicando com extraterrestres com celulares abertos por cima da cabeça. Não se pode desprezar a força desse movimento concatenado. Pode parecer singelo o exemplo do canudo de plástico, mas tudo está inserido no contexto de fortalecer as hordas radicais e que seguem, cegamente, as políticas de extrema-direita. São organizados, despudorados, antiéticos e sem limites. Têm estratégia e perseguem o poder obstinadamente. Enquanto nos EUA o presidente Trump coloca em prática quase todas as propostas de campanha, mesmo as mais absurdas, para alegria dos norte-americanos que querem um país forte de novo, no Brasil, a estratégia é salvar Bolsonaro da condenação criminal e da inelegibilidade. 

Uma forte campanha, ora insidiosa, ora explícita, já está nas ruas. O mote é pregar que não houve golpe em 8 de janeiro de 2023. Desacreditar o Supremo e acuar a Procuradoria, incensando o Congresso. O plano passa por várias frentes: impedir a denúncia, ridicularizar as condenações já proferidas, falar da necessidade da anistia, mesmo sem ter havido sequer processo contra o Bolsonaro e seu bando mais próximo, e ganhar o apoio dos formadores de opinião sobre os “excessos do Supremo”. 

Uma inversão completa de valores que conta com forte apoio midiático e com importantes líderes políticos na Câmara e no Senado, empresários e até, pasmem, com o suporte luxuoso de importantes integrantes do governo. A tentativa é levar o governo para as cordas. Depois, será o nocaute da democracia. Lembremo-nos do poema Palavra, de Sophia de Mello Breyner: “Heráclito de Éfeso diz: “O pior de todos os males seria a morte da palavra. “Diz o provérbio de Malinké: “Um homem pode enganar-se em sua parte de alimento. Mas não pode enganar-se na sua parte de palavra”.

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Motorista embriagado atropela idosa e colide com carro estacionado no Alecrim

 

Um motorista embriagado foi preso após atropelar uma idosa e bater em um carro estacionado na Avenida Coronel Estevão, no bairro do Alecrim, em Natal, nesta quinta-feira (13). Câmeras de segurança registraram o momento do acidente.
Nas imagens, uma mulher empurra um carrinho de bebê enquanto caminha pela via. Segundos depois, um HB20 em alta velocidade surge desgovernado e atinge a idosa, que sofreu apenas ferim:entos leves. O veículo só parou ao colidir com um carro estacionado, o que evitou um desfecho mais grave.
Populares acionaram policiais do 1º BPM, que patrulhavam a região. O condutor apresentava sinais evidentes de embriaguez e, no interior do carro, foram encontradas bebidas alcoólicas e um frasco com drogas.