César de mounjaro e Nilda de dieta no verão de Parnamirim

A relação política entre o presidente da Câmara, César Maia, e a prefeita Nilda Cruz parece estar em perfeita sintonia, ao menos no que diz respeito à convivência pública. Ambos trilham caminhos distintos para alcançar um objetivo comum: reduzir o peso corporal e aumentar o peso político.

César aposta no Mounjaro – nome comercial da tirzepatida, o mais recente medicamento em evidência para o emagrecimento. Já Nilda opta por uma abordagem mais tradicional, enfrentando com disciplina os desafios de resistir aos constantes “manjares” oferecidos em eventos e compromissos oficiais.

No entanto, se há algo que eles vêm praticando com maestria, é o exercício da boa convivência política. Neste primeiro verão, na condução dos seus respectivos cargos, eles demonstram não apenas disposição para manterem-se em forma, mas também para construir uma relação de cooperação sólida e produtiva. Afinal, a massa corporal pode até ser 77, mas o índice de diplomacia parece estar em 100%.

Marco da energia eólica offshore deve acelerar investimentos no RN

No mar do RN, a tecnologia Bravo capta dados para verificar o potencial de energia eólica offshore | Foto: Divulgação

A sanção da lei que regulamenta a produção de energia eólica em alto-mar no Brasil, publicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sexta-feira (10), deverá acelerar a atração de investimentos no setor. É o que prevê o secretário adjunto de desenvolvimento do Rio Grande do Norte, Hugo Fonseca. A norma estabelece um marco regulatório para o setor offshore e traz regras que norteiam a exploração dessa fonte energética no país, considerada estratégica para o futuro da matriz elétrica brasileira.

“A lei é importante porque sinaliza as regras para o desenvolvimento desse novo mercado. A eólica offshore é diferente da eólica em terra. São fornecedores distintos, a estrutura industrial é totalmente diferente, e você precisa de fábricas novas adaptadas. A logística também é outra”, afirma Fonseca.

O secretário destaca que o marco regulatório fortalece o amadurecimento do Brasil nesse mercado e permite o desenvolvimento de toda a cadeia de valor. “Já existem empresas aqui no Estado há pelo menos quatro anos desenvolvendo projetos e estudos. Com essa regulamentação, esperamos que a chegada dos investimentos acelere, para que os projetos saiam do papel”, afirma.

O Rio Grande do Norte já se posiciona como um dos principais polos de energia renovável do Brasil. Segundo Fonseca, o governo estadual se adiantou na preparação da infraestrutura necessária para receber esses projetos. “O Estado fez seu dever de casa. Já temos todo o levantamento do potencial para a geração de energia no mar, além de estações anemométricas instaladas ao longo da costa, em parceria com o SENAI e a Codern. Temos até uma torre de medição a 14 quilômetros da costa”, relata.

A preparação inclui a definição de pontos de conexão entre os parques eólicos offshore e a terra, de forma a evitar conflitos com outras atividades. Hugo diz que o estado é o único do país que realiza medições em tempo real do potencial de geração de energia eólica no mar. Essas iniciativas, de acordo com o secretário, são essenciais para garantir que o estado aproveite ao máximo a janela de oportunidades que a energia offshore oferece.

“Essa infraestrutura é fundamental. Não podemos repetir o erro que cometemos no passado, quando perdemos a chance de atrair fábricas de aerogeradores porque não tínhamos uma estrutura portuária adequada. Agora, temos que garantir que estamos prontos para receber essa indústria”, alerta Fonseca. Ele reforça que o estado está desenvolvendo um porto-indústria para viabilizar a instalação de novas fábricas e facilitar o escoamento da produção.

A lei foi publicada com vetos a dispositivos que, segundo o governo, representariam impactos negativos tanto econômicos quanto ambientais, além de desestimular investimentos em energias renováveis. Entre os artigos vetados estão: Contratação compulsória de fontes fósseis: dispositivos que obrigavam a contratação de energia de termelétricas a carvão e gás natural foram barrados por contrariarem a agenda de transição energética e aumentarem custos para consumidores; Alteração em índices tarifários: mudanças que poderiam elevar as tarifas de energia em até 9% e gerar um custo adicional de R$ 545 bilhões até 2050 também foram vetadas, e Subsídios e incentivos a tecnologias incipientes: artigos que ampliavam subsídios ou exigiam contratação de fontes ainda em desenvolvimento, como hidrogênio líquido, foram considerados inviáveis devido à incerteza de custos.

Para Hugo Fonseca, os vetos foram prudentes e evitaram que interesses particulares desviassem o foco da regulamentação. “Algumas pessoas chamaram esses dispositivos de ‘jabutis’. Eles poderiam distorcer o projeto original. Acho que foi importante vetar para que a lei nascesse de forma limpa, clara e objetiva, sem causar tumulto ao setor de geração de energia no Brasil”, opina.

Fiern e SENAI destacam potencial offshore do RN

Representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) destacaram que a regulamentação da produção de energia eólica offshore no Brasil é importante para atrair investimentos e consolidar o estado como protagonista na nova fronteira energética.

“Além da velocidade e constância do vento, o estado possui uma localização geográfica privilegiada”, afirma Roberto Serquiz, presidente da Fiern. Segundo ele, o estado já conta com mais de 307 parques eólicos em terra, gerando 10 gigawatts (GW) de potência, com mais 3 GW contratados para este ano. No entanto, o potencial offshore é ainda mais promissor. “Atualmente, segundo dados de dezembro do Ibama, o nosso estado é o 4º do Brasil em projetos offshore, somando 19,5 GW, o que já representa quase o dobro do que geramos em terra”, destaca Serquiz.

A nova regulamentação, que traz segurança jurídica e previsibilidade para o setor, é fundamental para o desenvolvimento dos projetos e para a atração de novos investimentos. Serquiz aponta que é avançar na regulamentação detalhada, que trará as informações necessárias para as concessões e ocupações no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental.

“Além do avanço no setor de transmissão de energia, a construção civil também será impactada, com a preparação de terrenos, construção de rodovias, blocos e pré-moldados. Outros setores, como a indústria de cabeamento, óleo e lubrificantes para motores, e a metal-mecânica também devem ser beneficiados”, explica o presidente da Fiern.

Um dos desafios para consolidar o RN como polo de energia eólica offshore é preparar as indústrias locais para atender às demandas dessa nova cadeia produtiva. Rodrigo Mello, diretor do Senai-RN, da FAETI e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), reforça que o Estado já possui uma base sólida de indústrias capacitadas, mas será necessário um salto tecnológico.

“Com a chegada do offshore, todos os setores beneficiados serão convocados a darem um salto de tecnologia aplicada. O SENAI tem trabalhado fortemente com desenvolvimento e inovação. Um exemplo disso foi a inauguração da FAETI, a primeira faculdade do país voltada especificamente para essa área de formação”, destaca Mello.

Em 2024, a FAETI planeja lançar a primeira especialização em energia eólica offshore do Rio Grande do Norte. O curso será acompanhado por um Master of Business Innovation (MBI) também focado em energia eólica, ambos pioneiros no Estado. Além disso, o Senai continuará a formar profissionais técnicos em áreas como eletrotécnica, eletromecânica, segurança do trabalho, operação e manutenção de parques eólicos. Além da formação técnica, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), sediado em Natal, atua na pesquisa aplicada para impulsionar a nova indústria.

Segundo Rodrigo Mello, o ecossistema formado pelo SENAI e pelo ISI-ER é um atrator de grandes investimentos e de talentos. “O setor tem recursos para investir, tem demanda pela energia e precisava do ambiente regulado, do ambiente legal para tomar suas decisões, o que está se concretizando agora”, pontua Mello. Em parceria com a Petrobras, o Senai capta por meio da tecnologia Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore) dados meteorológicos e oceanográficos de forma automatizada para verificar o potencial eólico ofshore.

Tribuna do Norte

Reminiscências dos tempos na Bélgica


Por Padre João Medeiros Filho

A pedido de amigos, volto com mais recordações da minha passagem pela Bélgica. Com dezenove anos, parco tirocínio e preparação incipiente, fui levado do status de brocoió de Jucurutu à condição e responsabilidade de aluno da plurissecular Universidade de Louvain. Isto aconteceu antes da separação linguística, resultando em duas instituições de ensino superior: Université Catholique de Louvain-la-Neuve, em Ottignies e Katholieke Universiteit te Leuven, ambas localizadas a cerca de trinta quilômetros de Bruxelas. Hoje, em minhas lembranças, “sinto uma coceira no juízo”, na expressão de Oswaldo Lamartine. “Sua cabeça é uma mistura sem cura”, dizia mamãe ao bispo de Caicó a meu respeito. Ela, terna e perspicaz, Jácome de nascença, unida à família Medeiros pelo casamento. Mulher autêntica e sensível. Não era muito chegada a padres e freiras, mas de um profundo respeito por minha opção religiosa.

Na Bélgica dos anos sessenta, vivi uma verdadeira Babel linguístico-cultural-religiosa. Morava no “Collegium pro América Latina”, onde tive como vizinhos de quarto Michel Quoist e Camilo Torres, totalmente diferentes pelo temperamento, idioma, formação teológica, sociopolítica e orientação espiritual. O primeiro, poeta e místico. O segundo, inquieto, tornando-se posteriormente guerrilheiro colombiano, marcado pelo sofrimento de seu povo. Para ele, “a dor é a maior fonte de amadurecimento.”

Leuven (Louvain) situa-se na província de Brabant, onde se fala flamengo, dialeto neerlandês. Na universidade, optei pelo regime linguístico francês. À época, por orientação da Santa Sé, as aulas de Teologia eram ministradas parcialmente em latim. No seminário, o espanhol era a língua oficial. Eu, o único brasileiro entre noventa internos, oriundos de trinta e cinco nacionalidades, usava português apenas para sentir saudades e rezar. Até os meus pecados eram confessados em francês. Não me responsabilizava pela versão, dizia a Cristo entre sussurros e preces de arrependimento. Estudei em Caicó e Mossoró com padres holandeses. Aprendi frases com toques de irreverência nessa língua frísia. Sabia o suficiente para agradar os flamengos e obter pequenas regalias culinárias. Depois, aprendi o bastante para contar anedotas e fazer rir o saudoso Padre Pio Hensgens, pároco de Morro Branco (Natal).

Conheci muitos latino-americanos, docemente rebeldes e libertários, jovens na faixa dos vinte anos. Não raro, sofriam de paixões recolhidas pelas loiras, suas colegas acadêmicas. Penavam com as investidas tentadoras das “galegas”, atraídas pela tez tropical e os belos “cheveux noirs” dos seminaristas latino-americanos, que se penitenciavam com orações, jejuns e sacrifícios. Rezavam para transformar o calor pecaminoso em afeto fraternal. Com um rendimento intelectual alto, acabei tornando-me ouvinte das dores de amores impossíveis, confidente sem experiência e poder de absolvição sacramental. Fui apenas um interlocutor compassivo, de passagem naquela casa de formação clerical, onde se falava pouco e estudava-se muito.

Fui delineando minha fé num molde singular, aberta a outros costumes, pensares e saberes. Ela lembra um murano florentino, um quebra-cabeça que só eu entendo. Foi configurada pacientemente, a partir de experiências pessoais, meditações, leituras, diálogos e desencantos advindos de etiologias diversas. Confesso que minha fé cristã é passível de revisões e adaptações internas. A rigidez é uma das características dos seres mortos. Num caldeirão de nacionalidades, etnias, hábitos e visões diversas, fui adquirindo o hábito de ouvir e ver o diferente. O discípulo de Cristo necessita ser desarmado, disponível e acolhedor. Nesse aspecto, o Cardeal Cardijn (de quem fui acólito por algum tempo) era meu modelo de abertura, fazendo estremecer, à época, certos áulicos petrificados do catolicismo.

Cultivei a amizade com ateus, agnósticos e fiéis de outros credos. Isso não interferia absolutamente na qualidade dos diálogos mais profundos. “Deus é diversidade, pois é Trindade”, dizia o teólogo Nicolau de Cusa. Aprecio gente sensível e inteligente, caçadora de verdades e atenta à misteriosa e miserável condição humana. Não estou imune a me deparar com oportunistas, radicais, carreiristas e intransigentes. Estes se agarram a narrativas e frases feitas, à moda hedonista ou iconoclasta. Tenho gravadas na memória algumas palavras de Camilo Torres, dentre elas: “Sou uma simples fagulha de Deus e isso é belo. Gosto de todos e de tudo, exceto dos arrogantes, pois estes nos afastam de Cristo – ternura e misericórdia divina.” O apóstolo Paulo recomenda: “Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu” (Rm 15, 7).

Prefeito de Assú, Lula Soares, celebra nascimento da filha, Maria Vitória

O ano de 2025 começou trazendo boas novas ao prefeito Lula Soares, de Assú. Após assumir seu primeiro mandato, em 1º de janeiro passado, na noite desta segunda-feira, 13, às 22h01, nasceu Maria Vitória, sua segunda filha.

O papai Lula Soares, à mamãe, Virgínia Moura, e o irmão, Luiz Otávio, estão felizes comemorando a chegada dessa nova bênção que nasceu de parto normal medindo 49cm e pesando 2.900kg. Que Maria Vitória traga ainda mais alegria e amor para toda a família!

[VIDEO] Mega operação nas ruas para prender líderes de facção criminosa do RN

Nas primeiras horas desta terça-feira (14), a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), deflagrou a “Operação Estação Final”.

A ação, que resultou no cumprimento de 38 mandados judiciais, sendo nove de prisão e 29 de busca e apreensão, teve como intuito desarticular as principais lideranças de uma facção criminosa local responsável por homicídios, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e ameaça. Até o momento, sete pessoas foram presas por diferentes crimes como: tráfico de drogas e organização criminosa.

A operação foi realizada em diversas localidades do Rio Grande do Norte, como Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Pureza e Currais Novos, além de Luziânia, município de Goiás, representando um golpe significativo contra a estrutura de comando da facção.

Além da DEICOR, ação policial contou com o trabalho da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR LD), do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), de delegacias da Diretoria de Polícia Civil da Grande Natal (DPGRAN), de delegacias da Diretoria de Polícia Civil do Interior (DPCIN), do Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade (DPGV), do Núcleo de Operações com Cães da PCRN, da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mossoró e Natal (FICCO), da Polícia Civil de Goiás (PCGO), da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) e da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (RENORCRIM), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

www.gustavonegreiros.com.br