MORRE FOTÓGRAFO QUE ESCANCAROU A VIOLÊNCIA DA DITADURA

Créditos: Tânia Rego/Agência Brasil
Créditos: Tânia Rego/Agência Brasil

O fotojornalismo brasileiro perdeu um dos seus maiores nomes. Morreu na tarde desta segunda-feira (4), aos 88 anos, o fotógrafo Evandro Teixeira, conhecido especialmente por seus registros da ditadura militar no Brasil.

Teixeira enfrentava uma leucemia crônica havia dez anos e morreu por falência múltipla dos órgãos, após complicações causadas por uma pneumonia, segundo familiares. Ele estava internado na clínica São Vicente, na Gávea, bairro do Rio de Janeiro, desde o início de setembro.

As imagens do Brasil sob repressão, a partir do golpe de 1964, compõem a fase mais conhecida de seu trabalho, que se estendeu por sete décadas. Teixeira fotografou ainda a violência no Chile sob as ordens Augusto Pinochet e acompanhou visitas do papa João Paulo 2º e da rainha Elizabeth 2ª ao Brasil. Também retratou grandes personalidades do país nas formas mais surpreendentes.

Teixeira nasceu na pequena cidade de Irajuba, no interior da Bahia, em 1935, filho de um fazendeiro e uma dona de casa. Aos 15 anos, mudou-se para Jequié, para estudar e trabalhar em um jornal local.

Nesses tempos de adolescência, conheceu a revista O Cruzeiro e ficou fascinado pela produção fotográfica de José Medeiros, morto em 1990, com quem fez um curso por correspondência.

A essa altura, o fotógrafo já morava em Salvador, para onde havia se mudado em 1954. Estagiava no Diário de Notícias. Ele não se contentava, porém, com a vida profissional na Bahia. Três anos depois, fez as malas rumo ao Rio de Janeiro. Começou no grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand.

Em 1961, veio o primeiro convite para trabalhar no Jornal do Brasil. 
Na madrugada de 1º de abril de 1964, Teixeira fez uma das imagens mais representativas daqueles momentos em que o golpe militar estava em andamento. No Forte de Copacabana, tomado pelos oficiais insurgentes, fotografou um soldado na contra-luz, sob uma chuva forte. Sombria, a cena parecia sinalizar o que estava por vir.

Em 1968, Teixeira alcançou o que é provavelmente seu ápice como fotojornalista, ao acompanhar as grandes manifestações contra o regime no centro do Rio de Janeiro. No dia 21 de junho daquele ano, a chamada Sexta-Feira Sangrenta, a cavalaria das Forças Armadas reagiu com truculência a um protesto de estudantes.

Com esse e outros registros da convulsão social em curso no país naquele ano, Teixeira expunha como aparato repressivo se tornava mais violento a cada dia. O autoritarismo crescente não era, porém, um fenômeno restrito ao Brasil e se espalhava feito onda naqueles anos pela América do Sul.

Em setembro de 1973, Teixeira foi ao Chile para acompanhar as primeiras semanas do regime Pinochet. Além de registrar o encarceramento em massa dos presos políticos no Estádio Nacional de Santiago, pôde captar a morte do poeta Pablo Neruda.

Além de conflitos políticos, Teixeira fotografou personalidades da cultura, como Leila Diniz, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Cartola, e do esporte, como Pelé e Ayrton Senna. O mais relevante dos seus projetos autorais foi o dedicado ao centenário da Guerra de Canudos, na Bahia, em 1997. Resultou no livro “Canudos: 100 Anos”.

Entre seus livros, também estão “Evandro Teixeira – 50 Anos de Fotojornalismo”, “Passeata dos 100 Mil” e “Vou Viver – Tributo ao Poeta Pablo Neruda”.

Especialmente nas duas últimas décadas, museus e galerias no Brasil e no exterior celebraram a obra de Teixeira. Em 2008, uma mostra na na Leica Gallery, em Nova York, reuniu 40 nomes da fotografia mundial. Eram dois os brasileiros lembrados na exposição, Sebastião Salgado e Evandro Teixeira.

Recebeu dezenas de prêmios, como os concedidos pela Unesco e pela Sociedade Interamericana de Imprensa. O fotógrafo deixa duas filhas, Carina e Adryana, e um acervo com mais de 150 mil fotos, sob os cuidados do IMS.

Com informações de Folha de São Paulo

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 127 milhões

22/06/2023 - Brasília - Mega-Sena, concurso da  Mega-Sena, jogos da  Mega-Sena, loteria da  Mega-Sena - Volantes da Mega Sena sendo preenchidos para apostas em casas lotéricas da Caixa. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/ARQUIVO

Sorteio será realizado às 20h, horário de Brasília, em São Paulo.

As seis dezenas do concurso 2.793 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio está acumulado em R$ 127 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

 

Agência Brasil

Eleições nos EUA acontecem nesta terça (5); veja o que você precisa saber sobre o pleito

Eleições nos EUA acontecem nesta terça (5); veja o que você precisa saber sobre o pleito
Foto: Reprodução/campanhas eleitorais

Nomeação de novo chefe de Estado está entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump.

Milhões de eleitores irão às urnas nesta terça-feira (5) para escolher o novo presidente dos Estados Unidos. Neste ano, disputam o cargo a vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano. Ambos aparecem quase empatados nas pesquisas, o que mostra que o pleito será acirrado.

Em meio ao aumento das buscas pelo tema, o SBT News separou uma série de perguntas e respostas com os principais pontos para entender a votação americana. Confira:

Como funcionam as eleições nos EUA?

Nos Estados Unidos, onde o voto não é obrigatório, as eleições presidenciais acontecem pelo sistema de Colégio Eleitoral. Cada um dos 51 estados tem um número específico de votos, proporcional à sua população, baseado no número de representantes políticos no Congresso. Isso significa que alguns estados têm mais peso do que outros.

Por exemplo, a Califórnia, com 39 milhões de habitantes, tem 54 votos, enquanto estados mais rurais, como Montana (1,1 milhão de habitantes), conta com apenas quatro. O candidato que ganha em um estado leva todos os votos daquele Colégio Eleitoral – prática conhecida como “winner takes all” (“o ganhador leva tudo”, na tradução em português).

A regra não se aplica apenas aos estados de Maine e Nebraska, que têm as próprias regras eleitorais. Em alguns casos, os votos podem ser divididos entre os candidatos.

Na maioria dos estados, a vitória dos partidos Democrata ou Republicano é quase certa. Por isso, os chamados “estados pêndulos” ou “estados decisivos”, onde não há uma preferência política fixa, deixam a disputa mais acirrada. Neste ano, são eles: Pensilvânia, Wisconsin, Michigan, Arizona, Nevada, Geórgia e Carolina do Norte.

O candidato que estiver à frente nesses estados pode levar a disputa, já que, juntos, somam 93 votos. Ao todo, para ganhar a eleição, são necessários 270 votos.

Quando acontece a eleição?

Assim como no Brasil, os Estados Unidos elegem um presidente a cada quatro anos. No país, o pleito acontece sempre na terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro, dia que, neste ano, caiu no dia 5. A votação é feita em cédulas e o horário pode variar de um estado para o outro, podendo durar até as 22h (2h no horário de Brasília).

Apesar da votação geral ser nesta terça, milhões de norte-americanos já votaram antecipadamente, tanto presencialmente como pelo correio. Isso ocorre em estados onde a logística ou a distância podem dificultar a participação no pleito (que não é considerado feriado). O objetivo é garantir o maior número possível de eleitores.

Quem são os candidatos?

Neste ano, os principais candidatos que disputam à Presidência dos Estados Unidos são a vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano. Kamala substituiu o presidente Joe Biden, que decidiu desistir da reeleição em julho deste ano em meio à pressão do partido.

Outros candidatos, que concorrem de forma independente, também aparecerão nas cédulas de votação, como Chase Oliver, do Partido Libertário, e Jill Stein, do Partido Verde. Robert F. Kennedy Jr. também estava concorrendo de forma independente, mas desistiu da corrida eleitoral em agosto. Na data, ele declarou apoio a Trump.

Quando deve sair o resultado?

Como a votação é feita com cédulas, o resultado oficial geralmente demora alguns dias para ser divulgado. A agilidade da apuração depende de quando começar a contagem das cédulas em cada estado, após o fechamento das urnas. Nos locais onde houve votação antecipada, as cédulas já estão prontas para contagem.

Historicamente, no entanto, é possível deduzir o vencedor do pleito antes mesmo de todos os votos serem contabilizados. Isso acontece por conta do peso dos estados no pleito. Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton admitiu a derrota à Trump no dia seguinte ao da eleição, embora a contagem ainda estivesse acontecendo em vários estados.

Diferente do Brasil, os Estados Unidos não possuem um órgão que centralize a apuração dos votos, deixando o papel para a imprensa.

O que acontece em caso de empate?

Caso nenhum dos candidatos atinja os 270 votos necessários ou se ambos chegarem a 269 votos cada, a decisão ficará por conta da Câmara dos Deputados – onde, atualmente, a maioria é republicana. O processo é conhecido como “eleição contingente” e só foi usado duas vezes na história do país, uma em 1800 e outra em 1824.

E o dia da posse?

O dia da posse presidencial nos Estados Unidos é conhecido como “o Dia de Inauguração” e ocorre sempre em 20 de janeiro, exceto se cai em um domingo – neste caso a posse é adiada para o dia 21. A maioria das cerimônias foram realizadas no Capitólio, sede do Congresso desde a transferência da capital federal para Washington, D.C.

Além do grande público presente, os convidados oficiais à cerimônia de posse incluem membros do Congresso, oficiais da Suprema Corte e representantes das Forças Armadas. O presidente em mandato também costuma comparecer às cerimônias. Houve apenas quatro vezes nas quais o chefe de Estado não cumprimentou seu sucessor.

Nesta semana, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que Biden comparecerá ao evento independente de quem vencer o pleito. “Este presidente acredita na transferência pacífica de poder. Não é sobre ele, é sobre o povo americano. É isso que o povo americano precisa ver, independentemente de quem vencer”, disse.

SBT News

Suspeito de matar Maria Fernanda é identificado como Alex Moreira da Silva

Foto: Reprodução

O homem suspeito de matar Maria Fernanda Silva Ramos foi identificado como Alex Moreira da Silva, de 34 anos. De acordo a delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, o “Bila”, como era mais conhecido, confessou ter assassinado a estudante e enterrado o corpo no caminho para a praia de Pititinga, no litoral Norte potiguar

Alex Moreira da Silva, de 34 anos, morava por trás da casa da vítima e já vinha se relacionando com Maria Fernanda. Conforme a delegada, antes de matar a jovem, eles tiveram um encontro  foi quando houve um desentendimento e Alex matou a menina, no mesmo dia, ainda na quinta-feira (31), data do desaparecimento, quando a estudante seguia para a Escola Municipal Genésio Cabral de Macedo, localizada no bairro Golandim, por volta das 12h30. Desde então, a família não teve mais notícias a respeito de Maria Fernanda.

Logo depois de ocultar o corpo, o suspeito queimou o veículo, uma pick-up modelo S10 em um terreno na localidade de Macaíba e empreendeu fuga para São José do Mipibu, onde foi localizado em Arenã pelos agentes da DHPP.

O que ele confessou

“Ele confessou ter matado ela na quinta-feira mesmo. Ele encontrou-se com ela por volta das 12h30. Segundo ele, marcaram um encontro ‘para namorar’”, disse a delegada-geral.

O suspeito informou em seu depoimento, que conheceu Maria Fernanda na rua, enquanto o carro dele era consertado numa oficina, próximo da sua casa.

Segundo a delegada, “Durante esse encontro, eles ‘mantiveram relações sexuais’, mas ainda está sendo apurado o motivo, porque houve um desentendimento, e ele então matou Maria Fernanda, queimou o carro e começou o processo de fuga”, disse Ana Cláudia Saraiva.

O suspeito ocultou o corpo em um terreno em Extremoz, logo após queimou o carro na região de Macaíba e hoje foi preso em Arenã, município de São José de Mipibu, concluiu a autoridade.

Ponta Negra News

Nilda está de olhos e ouvidos atentos para a Câmara

A prefeita eleita, Nilda Cruz, decidiu não interferir na eleição do legislativo, mas isso não significa que ela não tenha sua preferência para a presidência da casa do povo. Afinal, foi com seu apoio que os vereadores Rafaela, Rhalessa, Carol, Binho, Éder, Eurico, César Maia e Chicão conquistaram seus lugares no parlamento municipal.

Agora, uma coisa é interferir, outra é torcer por alguém que ela considera importante para ajudar na tramitação de seus projetos na Câmara Municipal. Todo eleito para o Executivo tem sua influência e, naturalmente, gostaria de ver na presidência alguém alinhado ao seu projeto político, algo comum na vida política dos poderes. Todos os ex-prefeitos sempre ficaram atentos quando o assunto era a eleição da presidência da Câmara.

No entanto, há quem esteja criando confusão sem motivo, pois a única coisa que a prefeita eleita deseja no momento é cumprir seus acordos políticos e realizar uma gestão que atenda às necessidades dos parnamirinenses. Vale destacar que a professora Nilda já deixou claro que não aceita chantagem, muito menos ameaças de rompimento por parte de supostos aliados que buscam apenas interesses pessoais, negligenciando o fortalecimento do grupo que irá comandar o município nos próximos quatro anos. O sinal amarelo está aceso para quatro vereadores. A professora não quer nem ouvir falar desses “alunos” em sua sala de aula, e até o “baiacu” foi para a pedra do ITEP político por falar demais. Só lembrando: não será jogando com todas as camisas e se aliando a qualquer tipo de pessoa que alguém se sentará na cadeira de presidente. A professora-prefeita, a turma do “Nilda Kids” e os apoiadores que carregam a “Cruz” estão de olhos e ouvidos atentos às movimentações políticas dos correligionários, pois na hora que a professora Nilda fizer a chamada, todos terão que responder presente, para não ficar com falta, principalmente no início do ano letivo do executivo municipal.

Dom Nivaldo, dezoito anos de Vida plena

Padre João Medeiros Filho

No próximo dia dez, celebrar-se-á o décimo oitavo aniversário de vida em plenitude de Dom Nivaldo Monte, segundo arcebispo metropolitano de Natal (1967-1988). Na liturgia católica, festejam-se os eleitos de Deus na data de sua volta para a Casa do Pai e não no dia de seu nascimento terreno. “Mors vere dies natalis hominis” (A morte é o verdadeiro natalício do ser humano), afirmou Santo Agostinho. Os restos mortais de Dom Nivaldo repousam no silêncio do Mosteiro de Sant’Ana de Emaús (Parnamirim), em meio à natureza, permanente bálsamo divino. Lá, os pássaros esvoaçam, como numa dança de alegria e as rosas espargem perfume sobre a sua sepultura. Os fiéis, que por ali passam, demonstram o quanto ele era amado em vida, cultuando a sua memória.

Muito poderá ser dito sobre esse pastor. Múltiplo pelas atividades exercidas: bispo, escritor, professor, músico, poeta e botânico. Uno, porque nele tudo convergia para o Mestre.  “Para mim o viver é Cristo” (Fl 1, 21) era o seu lema episcopal. No final de seus dias, marcados pela enfermidade, acentuou a certeza de que o importante não é a duração da existência e sim a intensidade do amor com que se vive. E isso o fazia com maestria e profundidade, a ponto de intitular uma de suas obras: “O coração é para amar.” Em seus últimos dias, concelebrava com ele a Eucaristia, quando me dizia sempre: “Vamos cantar a beleza da vida e o amor sem igual.”

Dom Nivaldo costumava chamar as plantas, que admirava e cuidava, de “catequese de Deus”. Não fazia discursos sobre ecologia. Sempre demonstrou um grande respeito à natureza, imagem do Belo e Sagrado. Adquiriu terras, não para acumular bens, mas preservar o solo fecundo – presente de Deus aos homens – a fim de torná-lo berço de frutos e dons. O objetivo precípuo era proclamar a riqueza da dádiva sobrenatural às criaturas humanas. Para ele, “nossa mãe terra é extensão do colo divino.” Apaixonado pelos jardins, pomares e hortas, cultivava-os em Emaús e denominava-os “meus irmãos”, usando uma expressão franciscana. Deixou-nos inúmeros testemunhos de ternura e bondade. Quantas histórias edificantes a seu respeito, marcadas de encanto e paz poder-se-iam contar.

Ao preservar sua memória, sirvam-nos de lição as sábias palavras de Santa Bernadete, testemunha dos acontecimentos, em Lourdes: “Quando se for escrever a história daquilo que aqui aconteceu, deve-se procurar ser fiel.” Ao recordar Dom Nivaldo, a verdade que desponta diante de todos é a de um homem místico, irradiando simplicidade, sabedoria, otimismo, acolhimento e perdão. Era um ardoroso defensor da natureza, filha esplendorosa de um Deus do silêncio eloquente. Aqueles que se dedicam à paz e justiça brilharão para sempre como estrelas. No firmamento celeste, cintila uma luz que nos acalenta: Dom Nivaldo. Exemplo e incentivo para os cristãos e o povo potiguar, que tanto amara. Em reconhecimento e gratidão a tudo o que ele foi e realizou, a Câmara Municipal de Parnamirim, aprovou a Lei 2.307/22, denominando Dom Nivaldo Monte uma rua de Emaús, que ladeia sua antiga granja, localizada às margens da BR 101.

Dom Nivaldo, em seu despojamento, homenageando a terra que cultivara, descansa no solo que abençoou. Era um sacerdote em permanente comunhão com Deus e as criaturas. Ver um arcebispo inumado de forma tão simples e telúrica, talvez cause surpresa a alguns. Cumprindo seu desejo, na lápide tumular constam apenas seu nome, as datas de nascimento e partida para a eternidade e seu lema episcopal em latim. Faz-nos lembrar Léon Bloy: “Quero para mim a beleza, a quietude e o silêncio do Infinito.” Nosso inesquecível arcebispo não quis ser sepultado em igreja. Ali, não haverá colibris em voo rasante, saudando o santo e sábio que descansa no chão sagrado de Emaús. Nos templos, faltaria o brilho do sol aquecendo sua última morada, nem flores para perfumá-la. Em Emaús, as mãos orantes e piedosas das irmãs contemplativas e adoradoras eucarísticas (Filhas de Sant’Ana) depositam em seu túmulo girassóis (que especialmente o encantavam), rosas e preces de gratidão por todo o seu amor à Igreja de Cristo. Sobre ele, poder-se-ia aplicar a frase evangélica: “In finem dilexit”, ou seja, “Amou até o fim” (Jo 13, 1).

 

Padre João Medeiros Filho

Caso Maria Fernanda: assassino marcou encontro e matou a menina no mesmo dia, relata delegada

Foto: Reprodução

Após a prisão do suspeito pelo assassinato da estudante, a delegada geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, deu mais detalhes sobre o caso Maria Fernanda.

A menina de 12 anos foi encontrada morta em Extremoz, enquanto o homem, ainda não identificado, que confessou o crime, foi preso em São José do Mipibu.

Segundo a delegada, o assassino marcou um encontro com a vítima e a matou no mesmo dia, ainda na quinta-feira (31), dia do desaparecimento, entre 12h30 e 14h30 horas.

O que ele confessou

“Ele confessou ter matado ela na quinta-feira mesmo. Ele encontrou-se com ela por volta das 12h30. Segundo ele, marcaram um encontro ‘para namorar’”, disse a delegada geral.

O suspeito informou em seu depoimento, que conheceu Maria Fernanda na rua, enquanto o carro dele era consertado numa oficina, próximo da sua casa.

Segundo a delegada, “Durante esse encontro, eles ‘mantiveram relações sexuais’, mas ainda está sendo apurado o motivo, porque houve um desentendimento, e ele então matou Maria Fernanda, queimou o carro e começou o processo de fuga”, disse Ana Cláudia Saraiva.

O suspeito ocultou o corpo em um terreno em Extremoz, logo após queimou o carro na região de Macaíba e hoje foi preso em Arenã, município de São José de Mipibu, concluiu a autoridade.

Ponta Negra News