A Marinha do Brasil emitiu um aviso de alerta de mau tempo para o litoral do Rio Grande do Norte, com previsão de ventos de até 60 km/h no oceano entre este domingo (30), até a segunda-feira (4).
Os ventos, segundo a Marinha do Brasil, podem afetar toda a faixa litorânea de Natal (RN) até São Luís (MA), no sentido de direção sudeste a nordeste.
Por conta da intensidade, a Marinha informou que os navegantes devem consultar as informações antes de se “fazerem ao mar”, solicitando ampla divulgação às comunidades de pesca e esporte e recreio.
Outro dia, em um excelente grupo de WhatsApp do qual faço parte, “Leitores vorazes”, administrado pelo amigo Bruno Cavalcanti, fui por este indagado sobre quais seriam os meus “top five” no que toca a livros em geral. Citei “O nome da rosa” de Umberto Eco, “A montanha mágica” de Thomas Mann, “Amor a Roma” do nosso Afonso Arinos, “A era da incerteza” de John Kenneth Galbraith e o conjunto “Júlio César/Antônio e Cleópatra” de Shakespeare, para logo depois, refletindo um pouco, transformar essa quina numa meia dúzia, incluindo “Criação” de Gore Vidal.
E é exatamente sobre Vidal e sua “Criação” (“Creation”, 1971) que quero falar um pouco.
Gore Vidal (1925-2012), escritor e ativista político norte-americano, foi um intelectual à moda antiga. Polemista, na esteira de um G. K. Chesterton ou de um George Bernard Shaw. Prolífico e diversificado, escreveu teatro e muitos – ponha muitos nisso – ensaios. Democrata e alegadamente bissexual, tratou, à sua maneira, de religião, filosofia e política. Mas, de minha parte, o que mais aprecio em Vidal são os seus “romances históricos”.
Sobre “Creation”, ainda me recordo até da sua aquisição – falo do exemplar em inglês que primeiramente li – na London Review of Books, a uma quadra do Museu Britânico, no bairro de Bloomsbury, uma das livrarias mais charmosas de Londres. Pequenina, composta de um pavimento térreo e de um subsolo, tem um café que então eu adorava. Logo devorei o livro e voltei à mesma prateleira para comprar “Julian” (1964) e outros mimos do mesmo autor.
Certa vez disse – e agora reitero – que “Criação” tem um lugar especial na minha alma literária. Cyrus Spitama, a personagem principal, grego e persa ao mesmo tempo, é neto do profeta Zoroastro. Representação perfeita do “homem viajado”, ao derredor do século V antes de Cristo, foi embaixador persa perante a Índia, a China e a Grécia de então. Através de Cyrus Spitama, somos apresentados a Cyro (o Grande), a Cambisses, a Dario (o Grande) e a Xerxes, os grandes (e haja grandes nisso) governantes persas da dinastia dos Aquemênidas. Cyrus Spitama é um homem que, através de pequenos ajustes de datas confessados por Vidal (uma mentirinha branca, a favor do nosso deleite), em direção ao Ocidente, topa com os gregos Péricles, Pitágoras, Demócrito, Tucídides e Heródoto, entre outros luminares que aquela civilização produziu. Vai à China, de mestres do Taoísmo e de Confúcio, no Oriente mais distante. No meio do caminho, ele passeia pela Índia de Sidarta Gautama (o Buda), de Mahavira (fundador do Jainismo) e de seu discípulo/rival Gosala, com suas filosofias e teologias tão misteriosas para nós “ocidentais”. Uma vida entre reis, pensadores, profetas e magos, de encontros e desencontros, um romance que é, antes de tudo, uma aula de história, geografia, filosofia, religião e política. Ainda devo acrescentar, quanto ao eruditíssimo romance de Vidal, um componente bem pessoal: li “Creation”, praticamente, dentro do Museu Britânico. Foram manhãs e tardes em que, maravilhado, contextualizava mais ainda aquela história/estória de gigantes, passeando (e aprendendo) pelo acervo daquele grande museu.
Paulo Francis, polemista como poucos, que também tem uma crônica intitulada “A criação de Gore Vidal”, republicada no seu livro “Diário da corte” (Editora Três Estrelas, 2012), “elogiosamente” afirma que “Creation sugere que o humanismo já disse tudo o que tinha a declarar em 500 a.C. Não é bem assim. Ou talvez seja. Se ficarmos apenas no humanismo e omitirmos a ciência. É difícil superar Buda ou Confúcio. Nossos mentores Moisés e Cristo são bobos perto desses sábios (é de estarrecer o que Confúcio faria em face de Cristo. Provavelmente lhe daria uma esmola e sairia correndo)”.
Bom, como cristão enfadado, não vou entrar nessa querela. Apenas sugiro a diversa leitura da “Criação”.
Marcelo Alves Dias de Souza Procurador Regional da República Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
Neste domingo, candidatos realizam as provas de linguagens, ciências humanas e redação em 1.753 municípios.
Cerca de 4,3 milhões de candidatos participam do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2024), neste domingo, 3, em 1.753 municípios brasileiros. Além da redação, os candidatos serão submetidos às provas de linguagens e ciências humanas. A aplicação terá duração de 5 horas e 30 minutos. Já o 2º dia – dedicado às provas de ciências da natureza e matemática – será realizado no dia 10 de novembro.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame, a maior parte dos inscritos já terminaram o ensino médio (1,8 milhão). Outras 841.546 (19,4%) inscrições foram realizadas por estudantes do 1º ou 2º ano, enquanto 24.723 (0,6%) ‘treineiros’ – como são chamados aqueles que não cursam nem concluíram o ensino médio – optaram por participar do Enem para testar seus conhecimentos.
Nesta edição, foram aprovadas 65.758 solicitações de atendimento especializado, sendo 29.955 pedidos de pessoas com déficit de atenção e outros 8.622 de inscritos com baixa visão. Ao todo, serão disponibilizados 115.501 recursos de acessibilidade. O tempo adicional foi o recurso mais requerido (42.929), seguido da correção diferenciada (20.201), do auxílio para leitura (16.348) e auxílio para transcrição (11.063). Foram atendidos também 822 pedidos de tratamento pelo nome social foram atendidos.
Muitas instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. As notas no exame também podem ser aproveitadas em processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o governo brasileiro.
180 questões em 2 dias de provas
Neste domingo, os candidatos realizam as provas de linguagens (40 questões de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol), ciências humanas (45 questões) – além da redação.
No próximo dia 10, os participantes fazem as avaliações de ciências da natureza (45 questões) e matemática (45 questões). A aplicação terá 5 horas de duração, contadas a partir da autorização do chefe de sala para o início das provas.
Temas abordados no Enem
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação. Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Química, Física e Biologia. Matemática e suas Tecnologias: Matemática.
Até que horas posso chegar pra fazer o Enem?
A abertura dos portões acontece às 12h, sendo recomendado chegar com antecedência. Os portões fecham às 13h, e o início da prova é às 13h30. Não é possível entrar após o fechamento dos portões. O término da prova no primeiro dia do Enem acontece às 19h, e no segundo dia de prova, às 18h30.
Os candidatos podem sair do local de prova sem o caderno de questões a partir das 15h30. Caso queiram levar o caderno de questões, devem sair a partir das 18h. Quem sair antes das 15h30 será eliminado da prova.
A aplicação do Enem 2024 seguirá o horário de Brasília: Abertura dos portões: 12 horas Fechamento dos portões: 13 horas Início das provas: 13h30 Término das provas 1º dia: 19 horas Término das provas 2º dia: 18h30
Como saber onde vou fazer a prova do Enem?
Os candidatos ao Enem 2024 podem consultar o local de prova pelo Cartão de Confirmação de Inscrição que é enviado pelos Correios e também está disponível na Página do Participante do Enem, no site oficial do Inep. A busca pode ser feita também pelo telefone 0800 616161.
Na Página do Participante, siga o passo a passo:
Faça login com o CPF e senha do Gov.br; No menu lateral, clique em ‘Aplicação’; No chat, clique no botão azul ‘Local de Prova’.
Recomendações básicas
Certifique-se, com antecedência, a confirmação de sua inscrição e o local onde irá realizar as provas. Chegue ao local das provas indicado no cartão de confirmação de inscrição a partir das 12h (horário de Brasília). Apresente-se na porta da sala de provas até as 13 horas para os procedimentos de identificação. Apresente-se no local de aplicação das provas com documento de identificação válido, sob pena de ser impedido de realizar o exame. Aguarde, na sala de provas, das 13 horas às 13h30 (horário de Brasília), até que seja autorizado o início do exame, cumprindo as determinações do aplicador. Não se ausente da sala de provas com o material de aplicação, exceto o caderno de questões, desde que, neste caso, deixe a sala em definitivo nos últimos 30 minutos que antecedem o término da prova. Datas do Enem 2024 Dias das provas: 3 e 10 de novembro Divulgação dos gabaritos: 20 de novembro Resultado: 13 de janeiro de 2025
A prefeita eleita de Parnamirim, Professora Nilda (Solidariedade), se reuniu nesta sexta-feira (1º) com Francisco Touchê, consultor em Gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e ex-presidente do Colegiado Estadual de Gestores Municipais da Assistência Social (Coegemas-RN). Representantes da coordenação da equipe de transição também estiveram presentes.
Na reunião, foram discutidos os principais indicadores relacionados à execução da política de assistência social em Parnamirim. Os dados servirão de base para a elaboração de um planejamento para os 100 primeiros dias da nova gestão, que tomará posse em 1º de janeiro de 2025.
Francisco Touchê apresentou que quase 40% da população de Parnamirim está em situação de pobreza. Além disso, nenhum dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município conquistou, em 2023, conceito máximo na avaliação de qualidade realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
Outro dado alargamento é que, em virtude da desatualização de dados e limitado acompanhamento sociofamiliar, a Prefeitura de Parnamirim deixou de arrecadar mais de R$ 2 milhões nos últimos quatro anos em recursos federais para melhoria da gestão da assistência social.
Após a reunião, a prefeita eleita enfatizou a importância da consultoria e a reunião dos dados para subsidiar o trabalho da equipe de transição. Ela enfatizou que a melhoria das condições de trabalho e o cofinanciamento da política de assistência social serão uma de suas prioridades durante o mandato.