Dr Ednardo teve 51,50% dos votos dados a todos os candidatos. Em segundo lugar ficou Bruno de Carrapicho, com 48,50%.
Dr Ednardo, do MDB, foi eleito neste domingo (6) prefeito de Patu (RN) para os próximos quatro anos. Ao fim da apuração, Dr Ednardo teve 4.553 votos, 51,50% dos votos válidos (dados a todos os candidatos).
Os dados foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Confira o resultado do 1º turno em Patu após a apuração:
Dr Ednardo (MDB): 4.553 votos, 51,50% dos votos válidos
Bruno de Carrapicho (PP): 4.288 votos, 48,50% dos votos válidos
A eleição em Patu teve 9.107 votos totais, o que inclui 64 votos brancos, 0,70% dos votos totais, e 202 votos nulos, 2,22%.
A abstenção foi de 890 eleitores, 8,90% do total de aptos a votar nas eleições 2024 na cidade.
Fatinha, viúva do prefeito assassinado Marcelo Oliveira, foi eleita nova prefeita de João Dias neste domingo (6). Ela teve 66,84% dos votos válidos, ou seja, mais de 1.800. Nas redes sociais, ela deixou um recado de agradecimento:
“Com 100% das urnas apuradas, João Dias dar o grito da liberdade! Foram 1.818 votos que nos honram, e honram a memória de Marcelo Oliveira e Sandir Oliveira! Eu não tenho palavras pra descrever a minha gratidão, e a minha felicidade. Obrigada meu Deus! Obrigada, João Dias! Essa vitória foi por você, Marcelo!”, publicou.
Ela foi escolhida pelo União Brasil para substituir Marcelo após o duplo homicídio que vitimou e o pai, Sadi Oliveira.
Damaria Jácome, vice prefeita afastada e candidata da oposição em João Dias, ficou com 20,81%, resultado de 566 votos. Desde o assassinato de Marcelo, ela saiu do município pedindo escolta policial.
João Dias ainda teve uma terceira candidata a prefeita, Irenilda Fernandes, que terminou com 336 votos.
ABSTENÇÕES CRESCEU
Município pequeno, João Dias sofreu com o clima de insegurança durante a campanha eleitoral. Foi o primeiro município do RN a ter aprovado o reforço com tropas federais para o dia da eleição, inclusive.
Não por acaso, o número de abstenções cresceu consideravelmente. Foram 525 eleitores que deixaram de votar no dia, além de 43 nulos e 14 brancos. Isso representou 18% do eleitorado.
Em 2020, o número de abstenção foi menor, cerca de 10%, com 330 eleitores deixando de votar. Naquele ano, foram 56 nulos e 6 brancos. Marcelo e Damaria foram eleitos naquele ano com 1.366 votos, menos do que Fatinha agora.
As eleições de 2024 tiveram um número alto de abstenções, conforme avalia a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia. O índice para o primeiro turno foi de 21,71% de não comparecimento. “Nós tivemos índice de abstenção que continua sendo alto para os nossos padrões”, disse a ministra.
Entre as três últimas eleições, a taxa só foi menor do que em 2020, em que ausências foram atribuídas à pandemia de covid-19. No ano, foram 23,15% de ausências.
Em 2016, a quantidade de eleitores que não compareceram marcou os 17,58%.
As eleições municipais em Olho d’Água dos Borges, município na região Oeste do Rio Grande do Norte, foram marcadas por um desfecho emocionante. A disputa acirrada entre os candidatos resultou na vitória de Antonimar Amorim (União Brasil), que recebeu 2.178 votos, superando Laize Sales (PP) por apenas um voto, com 2.177.
O município tem 4.800 eleitores registrados no Tribunal Regional Eleitoral (TR) e o resultado percentual foi de 50,01% para Amorim e 49,99% para Sales.
Raimunda Nilda da Silva Cruz, mais conhecida como Professora Nilda, é a prefeita eleita de Parnamirim em 2024. Concorrendo pelo partido Solidariedade (77), a candidata conquistou a preferência dos eleitores ao vencer Salatiel de Souza. Com um discurso voltado para a representatividade feminina e também assumindo alguns compromissos nas áreas de educação e saúde com a população do município.
Natural de Morada Nova, Ceará, Professora Nilda, de 57 anos, traz consigo uma trajetória marcada pelo serviço público e dedicação à educação. Casada com Sebastião Cruz, Subtenente da PM aposentado e mãe de duas filhas, Renata e Raphaela Cruz que também foi eleita vereadora.
Professora Nilda vence com 47.882 votos e Salatiel 45.157 votos, marcando efetivamente a presença da oposição no executivo municipal depois de 24 anos a cidade sendo administrada pelo mesmo grupo político.
Marcelo Alves Dias de Souza Procurador Regional da República Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
Por esses dias, muito se falou da “epidemia das bets” no Brasil. Não precisava ser dos mais atentos para notar que havia/há algo de podre no reino… do Brasil. São tantas bets na TV e patrocinando times de futebol que já não sabemos mais quem é quem. Jogadores estão envolvidos em apostas. “Influenciadores” e artistas metidos em lavagem de dinheiro e outros crimes. Gente presa. Tem um tal do “Tigrinho”. E, claro, amigos ou conhecidos perdendo o que têm; outros, o que nem têm. A epidemia, para a qual ainda não temos a vacina, adoeceu/viciou muitíssima gente.
Os números, que colhi de uma matéria da Deutsche Welle, são estarrecedores: “Um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com a AGP Pesquisas, mostrou que 63% de quem aposta no país teve parte da renda comprometida com as bets. Outros 19% pararam de fazer compras no mercado e 11% não gastaram com saúde e medicamentos. Esses dados refletem uma tendência preocupante, evidenciada ainda mais por um relatório divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (24/09), que revelou que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em sites de apostas esportivas, somente no mês de agosto. O valor equivale a 21,2% dos recursos distribuídos pelo programa no mesmo mês. Ainda segundo o banco, 24 milhões de brasileiros fizeram ao menos uma transferência deste tipo no país desde janeiro. A maioria dos apostadores tem entre 20 e 30 anos e gasta cerca de R$ 100 por aposta. Este valor sobe de acordo com a idade. Brasileiros acima de 60 anos gastam uma média de R$ 3 mil reais em bets”.
Quando gozava dos meus 20 anos, eu ainda arriscava apostas no futebol. ABC x América. Presencialmente, no estádio. Coisa pouca e o meu ABC não decepcionava. Mas essa onda não durou muito. Por temperamento sou econômico. Para além disso, um livro teve forte influência em mim: “O jogador” (1867) de Dostoiévski (1821-1881). Escrito para que o autor pagasse suas próprias dívidas de jogo, é uma pequena obra-prima, parcialmente autobiográfico, de quem entendia bem – ou mal, a depender do ângulo – de jogos e apostas.
A trama de “O jogador” gira em torno de Alexei Ivanovich, que, apaixonado (as paixões…), é introduzido no jogo pela manipuladora Polina Alexandrovna. Alexei torna-se “profissional”. Joga para sobreviver. E para “matar” a compulsão. A desgraça chega. No final, Alexei tem uma chance de redenção. Mas esse fim só retrata a loucura do vício: “Oh! Foi um notável exemplo de resolução: tinha perdido tudo, tudo… Saio do casino, olho… um florim repousava ainda na algibeira do meu colete: Ah! Ainda tenho com que jantar!, disse eu, mas depois de ter andado uns cem passos, mudei de opinião e voltei atrás. Pus esse florim no manque (dessa vez foi no manque) e, realmente, experimenta-se uma sensação especial quando, sozinho, num país estrangeiro, longe da pátria, dos amigos, não sabendo o que se vai comer nesse mesmo dia, se arrisca o último florim, o último, o último! Ganhei e, vinte minutos mais tarde, saí do casino com cento e setenta florins no bolso. É um fato! Eis o que pode por vezes significar o último florim! E se tivesse deixado ir abaixo, se não tivesse tido a coragem de me decidir?… Amanhã, amanhã, tudo estará acabado!…”.
Nelson Werneck Sodré, em “Síntese de história da cultura brasileira” (DIFEL, 1985), já lembrava que os gostos, hábitos, valores, ideias e atitudes – o agir do homem moderno – estavam cada vez mais condicionados pelos meios de comunicação de massa. Se então vivíamos a era do rádio, do cinema e da TV, hoje somamos o fenômeno, mais agudo, da Internet. A ação crescente desses meios de comunicação de massa – sobretudo a TV e a Internet – criam um certo tipo de “cultura”, a “cultura de massa”, cujas “características essenciais seriam a homogeneidade, a baixa qualidade e a padronização de gostos, ideias, preferências, motivações, interesses e valores”.
Dostoiévski é um autor cult. Dizer que é “pouco lido” no Brasil seria quase um eufemismo. Não faz parte da nossa “cultura das massas”. Mas procuro manter minha aposta nos grandes livros. Na influência destes sobre o público. É fato que o lançamento, em 1784, de “Os sofrimentos do jovem Werther”, de Goethe (1749-1832), provocou uma onda de suicídios na Europa. Longe de mim desejar a repetição de atos desesperadores. Pensava num relançamento “bombástico” de “O jogador” como fomentador da consciência dos malefícios das apostas/jogos. É muito arriscado?
Marcelo Alves Dias de Souza Procurador Regional da República Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse neste domingo (6) que as eleições seguem tranquilas e que não há ocorrência significativa. Segundo ela, até o momento, 0,3% das urnas precisaram ser substituídas.
“Os eleitores estão indo às urnas no Brasil inteiro desde 8 horas da manhã, no horário de Brasília. Nós temos um número bem significativo de presença, temos praticamente nenhuma mudança nem de urna, que é uma situação normal, 0,3% de urnas substituídas por outras urnas”, afirmou, em entrevista coletiva para a imprensa no Centro de Divulgação Eleitoral, no TSE.
A ministra relatou que o temor de que eleitores da Região Norte tivessem dificuldade de chegar às urnas, em razão dos rios secos, não se confirmou.
“Aquilo que a gente temia, principalmente no Norte, por ausência de estradas, não se confirma. Conseguimos que os eleitores estejam comparecendo”, disse.
Números
Boletim divulgado pelo TSE informou que 2 milhões de eleitores justificaram a ausência por meio do aplicativo E-título, até as 13h.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou a prisão de 68 eleitores e a apreensão de 12 armas, também até as 13h deste domingo. As forças policiais prenderam ainda 5 candidatos. Ao todo, foram registradas 274 ocorrências.