Feliz Dia dos Pais

Foto: Jean Xavier e seu filho Gabriel

Há momentos na vida em que as palavras parecem tão pequenas diante do amor que temos. No Dia dos Pais, cada mensagem se transforma em algo mágico capaz de expressar toda a admiração que sentimos por quem nos ajudou a trilhar nossa estrada. Aquele que nos ensinou de mãos dadas o caminho da vida, merece todo carinho e apreço, não somente neste dia, mas durante a vida inteira e para sempre.

Assim é o amor de pai! Sublime, mágico, acolhedor e inspirador. Seja vindo dos que ainda vivem conosco ou dos que moram eternamente nos braços de Deus.

O Blog do GM deseja Um feliz Dia dos Pais para todos aqueles que sempre serão verdadeiros guias para seus filhos, mostrando que cada passo é uma oportunidade de crescimento.

Texto: Jean Xavier

Os contos

Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

Sob o ponto de vista da extensão do texto, numa ordem decrescente, a ficção em prosa é classificada em romance, novela e conto. Longe de ser arbitrária, essa classificação tem sua razão de ser, pois, entre outras coisas, os recursos imaginativos do escritor e a própria formatação da narrativa dependem muito do estilo/subgênero em que se deseja escrever.

Como explica Alan Wall, em “Writing Fiction” (Collins, 2007), “a mais óbvia diferença entre o romance e o conto é a extensão/tamanho. O romance é algo muito mais longo, e todas as outras diferenças decorrem desse fato. A maior extensão permite uma variedade de vozes, retratos detalhados de diferentes vidas; ela permite uma ambientação variada, com a descrição dos locais e de suas populações. A narrativa pode acelerar ou diminuir de velocidade, pode ter longas seções meditativas, em que nada acontece com exceção da descrição das inúmeras reflexões. Por isso o romance é talvez a mais flexível forma literária já inventada”. A novela, basicamente, fica no meio do caminho, no que toca a tamanho e características, entre o romance e o conto.

Quanto ao conto, os especialistas ensinam o que dá forma e conteúdo a um texto de excelência: partir de um fragmento da vida ou de uma história; daí retornar a um tema universal; apresentar uma mínima biografia das personagens; sugerir mais do que contar; ter um narrador irreal, num monólogo, ou ter um diálogo, com duas visões de mundo; ter um mistério a ser decifrado; apresentar um caso sobrenatural com a exploração do suspense ou do terror; sugerir uma estória de amor, em regra não realizado; e, ao final, ter uma epifania. Edgar Alan Poe, Guy de Maupassant, Anton Tchecov, Ernest Hemingway, Flannery O’Connor, Jorge Luis Borges e o nosso Machado de Assis, entre outros gigantes, foram os “craques do jogo”.

Embora o romance ainda seja o subgênero narrativo ficcional mais glamouroso, o conto é um meio de expressão narrativa sobremaneira ajustado ao mundo “líquido” atual, certamente bem mais fragmentado do que o mundo/vida de outrora. O já citado Alan Wall lembra mesmo que “as estórias da modernidade são frequentemente fragmentadas: isso porque a própria modernidade é fragmentada. A vida moderna, ela mesma, não se nos apresenta num todo contínuo. Ela é comumente uma montagem de fragmentos desconectados”. Na roda-viva de hoje, a ficção em forma de conto é uma dádiva tanto para o escritor como para o leitor. A duração de sua leitura, bem menor que a de um romance, é o suficiente para gostarmos da estória sem cansarmos. É um mundo em miniatura para se viver, com começo, meio e fim.

É nesse contexto agitado que me caiu em mãos o livro “Contos do Tirol” (Sarau das Letras, 2024), do prolífico escritor mossoroense David de Medeiros Leite, que é professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Mestre e Doutor em Direito pela Universidade de Salamanca (USAL) – Espanha. Li-o de uma tirada. Adorei. E desejo recomendá-lo por aqui.

As estórias de “Aurora”, “Tatuagem”, “Húmus de minhoca”, “Medo de dedo”, “Dahora”, “Unhas roídas”, “Fim do mundo”, “Reencontro”, “O colecionador de guarda-chuvas”, que compõem os “Contos do Tirol”, seja na voz de um narrador imaginário ou nos seus diálogos, retornando a temas universais, têm amores não realizados, um tico de pornografia, psicologia, suspense e, claro, várias epifanias. Identifiquei-me, inclusive, com algumas dessas estórias.

Sophie King, em “How to Write Short Stories” (How To Books, 2010), ensina que “escrever contos é tanto uma ciência como uma arte”. Pois David de Medeiros Leite, professor doutor e fino escritor, em “Contos do Tirol”, misturou muito bem essas duas sabenças.

Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

Brasil fecha Paris 2024 com 20 medalhas; veja comparação com outras edições

Rebeca Andrade conquista o ouro no solo e é reverenciada por dupla dos Estados Unidos
Foto: Elsa/Getty Images

Delegação não consegue alcançar os sete ouros conquistados nas Olimpíadas de Tóquio e Rio de Janeiro.

Entre celebrações, conquistas improváveis e decepções, o Brasil encerra sua participação na Olimpíada de Paris 2024 com 20 medalhas no total, sendo 3 ouros, 7 pratas e 10 bronzes.

Os números ficam abaixo das últimas edições se levarmos em consideração o total de medalhas de ouro. Nas Olimpíadas de Tóquio e Rio de Janeiro, o Brasil bateu seu recorde ao subir no lugar mais alto do pódio em 7 oportunidades.

Antes, o recorde era de Atenas 2004, quando 5 medalhas douradas foram garantidas pela delegação brasileira. Em outras edições os números eram mais modestos, com 3 medalhas no máximo.

Em 24 participações na história olímpica, o Brasil deixou de ganhar medalha de ouro em 10 edições: Paris 1924, Los Angeles 1932, Berlim 1936, Londres 1948, Roma 1960, Tóquio 1964, Cidade do México 1968, Munique 1972, Montreal 1976 e Sydney 2000.

Paris 2024 marcou para o Brasil um ponto importante. Na edição em que a delegação brasileira é composta por mais mulheres do que homens, pela primeira vez na história, as mulheres conquistaram mais medalhas que os homens para o Brasil.

Número total de medalhas

Já no ranking do número total de medalhas, o Brasil ficou próximo de alcançar os 21 pódios de Tóquio 2020, maior marca conquistada pela delegação verde e amarela até hoje.

Nas edições de Paris 1924, Los Angeles 1932 e Berlim 1936 o Brasil não somou nenhuma medalha.

Ranking de medalhas de ouro do Brasil

  • Tóquio 2020 – 7 ouros
  • Rio 2016 – 7 ouros
  • Atenas 2004 – 5 ouros
  • Paris 2024 – 3 ouros
  • Londres 2012 – 3 ouros
  • Pequim 2008 – 3 ouros
  • Atlanta 1996 – 3 ouros
  • Moscou 1980 – 2 ouros
  • Barcelona 1992 – 2 ouros
  • Los Angeles 1984 – 1 ouro
  • Seul 1988 – 1 ouro
  • Antuérpia 1920 – 1 ouro
  • Helsinque 1952 – 1 ouro
  • Melbourne 1956 – 1 ouro

Ranking do número de medalhas do Brasil

  • Tóquio 2020 – 21 medalhas
  • Paris 2024 – 20 medalhas
  • Rio 2016 – 19 medalhas
  • Pequim 2008 – 17 medalhas
  • Londres 2012 – 17 medalhas
  • Atlanta 1996 – 15 medalhas
  • Sydney 2000 – 12 medalhas
  • Atenas 2004 – 10 medalhas
  • Los Angeles 1984 – 8 medalhas
  • Seul 1988 – 6 medalhas
  • Moscou 1980 – 4 medalhas
  • Antuérpia 1920 – 3 medalhas
  • Helsinque 1952 – 3 medalhas
  • Cidade do México 1968 – 3 medalhas
  • Barcelona 1992 – 3 medalhas
  • Roma 1960 – 2 medalhas
  • Munique 1972 – 2 medalhas
  • Montreal 1976 – 2 medalhas
  • Londres 1948 – 1 medalha
  • Melbourne 1956 – 1 medalha
  • Tóquio 1964 – 1 medalha

CNN Brasil