Senhor procurador-geral: Bolsonaro tem o direito de ser processado

Na imagem, o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Por Kakay 19.jul.2024 
“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”
–Geraldo Vandré.
O Brasil, realmente, não é para amadores. A repetição sistemática dos escândalos da família e do grupo político do ex-presidente Bolsonaro faz com que todos nós, que pensamos o país, tenhamos que ficar, também, repetitivos.
A divulgação das investigações sobre os crimes cometidos pela trupe se dá de uma maneira em série. Mal dá tempo do cidadão, que quer acompanhar os fatos gravíssimos revelados, aprofundar-se na análise do que é publicado. Parece até que a estratégia bolsonarista é difundir os fatos apurados em série para que o mais recente faça sombra no crime de ontem. Por isso, refiro-me a ele como um serial killer. Muito ruim para o país que tem que se ocupar de outras prioridades.

Neste momento, temos todos que dar valor à independência e à seriedade da Polícia Federal. Uma polícia séria e republicana é muito importante. Especialmente em um país que viveu, muito recentemente, uma tentativa grotesca de manipulação do seu aparato.
Bolsonaro disse, clara e inequivocamente, que queria o controle da Polícia Federal para proteger sua família. Em uma reunião ministerial, ocorrida em 22 de abril de 2020, o então presidente da República, de maneira descarada, disse: “Eu não vou esperar foder minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final!”. A fala dispensa comentários.

Dentre outros motivos, só esse já seria o suficiente para a sociedade apoiar e reconhecer a atitude do atual governo no que diz respeito à postura republicana no trato com as instituições. O presidente Lula foi injustamente processado, perseguido, preso e, ainda assim, em nenhum momento, tentou aparelhar a Polícia Federal ou o Ministério Público e o Poder Judiciário. Um comportamento de estadista fez com que, mesmo com sofrimento e enorme certeza da injustiça, o tempo desse razão e mostrasse “quem é quem” na disputa de poder.
O país amadureceu. A operação Lava Jato, braço criminoso dos bolsonaristas e a principal responsável pela eleição de Bolsonaro, foi desmascarada e desmoralizada. Hoje, seus líderes andam pelas tabelas cabisbaixos à espera dos processos que se anunciam.

O Conselho Nacional de Justiça, sob o comando do ministro Salomão, produziu um relatório fortíssimo no qual aponta a possível responsabilidade criminal, por peculato, corrupção e organização criminosa, do ex-juiz Sergio Moro, do seu procurador adestrado, Deltan Dallagnol, e de outros atores da República de Curitiba. Os investigados pelos inúmeros inquéritos na Polícia Federal, inclusive Bolsonaro e sua família, certamente são acometidos por uma angústia profunda que lhes tira o sono e a paz. A simples existência de uma apuração criminal é avassaladora para o investigado.
O investigado tem o direito de ver o Estado acusador promover com a rapidez possível toda a condução do inquérito e da ação penal. Não pode o Estado, com todo seu aparato investigatório e repressivo, levar o processo penal além da conta. É um dever ser técnico, isento e rápido. Em uma República que se respeite, a estrutura do poder não pode nem proteger nem perseguir. Isso é o que delimita os limites de um Estado Democrático de Direito.
Todos nós, numa sociedade civilizada e com formação humanista, devemos lutar por um processo penal democrático e com respeito às regras constitucionais que asseguram os direitos de todos. Inclusive o direito a uma duração razoável de uma investigação e de um processo penal. Bolsonaro e seu grupo mais próximo têm o direito de serem processados de maneira técnica e com responsabilidade. As apurações não podem se perpetuar.

A atual proposta que está tomando corpo em vários setores –a de esperar as eleições municipais para a PGR apresentar as denúncias– contraria frontalmente todos os princípios constitucionais que regem o processo penal. É tentar submeter o Ministério Público a um interesse político. Uma instrumentalização inadmissível da PGR. O argumento, que impressiona os incautos, é o de que uma acusação formalizada antes das eleições municipais daria discurso aos denunciados para posar de vítimas e se dizer perseguidos. Faz parte do jogo político, é um direito deles, mas não cumpre a cartilha democrática do direito processual penal republicano.

Ademais, cabe lembrar que no Brasil existem eleições de 2 em 2 anos. Ou seja, neste ano de 2024 teremos as eleições municipais e, em 2026, serão as estaduais, as federais e a de Presidente da República. Nesse contexto, jamais chegaríamos a um fim em qualquer investigação.
Os valores democráticos que devem pautar a República e os Poderes, evidentemente, não podem estar presos a tais conjecturas. Por paradoxal que possa parecer, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares mais próximos têm o direito de serem processados. Até para poder se defender. Com a palavra, o procurador-geral da República.
Sempre nos lembrando do grande Ruy Barbosa, na sua “Oração aos Moços”: “Justiça atrasada não é Justiça, senão injustiça qualificada e manifesta”.
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Parnamirim terá disputa polarizada entre Esquerda e Direita

A mais nova pesquisa do Instituto Consult/TV Ponta Negra em Parnamirim, divulgada nesta sexta-feira (19), confirma empate técnico entre os pré-candidatos Raimunda Nilda (SD) – apoiada por lideranças políticas da Esquerda, e Salatiel de Souza (PL) – que vai para a disputa pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e Rogério Marinho, com o apoio da Direita.

Na pesquisa espontânea Nilda tem 21,2%; Salatiel 16,8%. Considerando a margem de erro de 4,38% (+ ou -) eles estão tecnicamente empatados. A pesquisa Consult foi realizada no dia 12 de julho, entrevistou 500 eleitores em 17 bairros e foi registrada no TRE sob o número 09170-2024.

Idema diz que respostas da Prefeitura do Natal foram satisfatórias e processo deve ser concluído até próxima semana

Prefeitura repudia requisição do MPF de comprovação de consulta às comunidades para liberar obra de engorda
Foto: José Aldenir/AGORARN

Licença para início das obras depende apenas da conclusão do relatório técnico.

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) confirmou que com os últimos documentos entregues nesta semana, a Prefeitura do Natal deu respostas satisfatórias às exigências cobradas no processo de licenciamento ambiental da engorda de Ponta Negra. A informação foi confirmada nesta sexta-feira 19, pelo órgão ambiental.

Ainda segundo o Idema, a licença para início das obras depende apenas da conclusão do relatório técnico, que está em fase final, e da análise de uma recomendação feita nesta quinta-feira 18 pelo Ministério Público Federal (MPF).

Com isso, o Idema afirma que a licença deverá ser emitida até próxima semana.

“As análises para a concessão da licença ambiental solicitada pela Prefeitura do Natal estão em estágio avançado de conclusão e as respostas da prefeitura às 8 questões levantadas são, a princípio, satisfatórias. O processo deverá ser concluído até a próxima semana. O Idema está comprometido em seguir rigorosamente todos os procedimentos legais e técnicos necessários para garantir que o processo seja conduzido de forma responsável e transparente, considerando os impactos ambientais e os interesses da comunidade”, disse o órgão, em nota.

O que é a engorda

A engorda de Ponta Negra consiste no alargamento na faixa de areia da praia, com até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca. A intervenção é considerada fundamental para frear o processo de erosão que atinge o Morro do Careca.

A engorda será feita a partir de uma retirada de areia submersa trazida de uma jazida em alto mar para Ponta Negra. A obra vai custar mais de R$ 73 milhões e será realizada pelo consórcio formado pelas empresas DTA e AJM.

Em 2023, o Idema emitiu a Licença Prévia, que permitiu a realização dos serviços até aqui.

Agora RN

Mulheres são presas por suspeita de homicídio em Parnamirim

Quatro mulheres foram presas pela prática dos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, tortura e cárcere privado. Policiais civis da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim cumpriram os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão no município de Parnamirim, nesta sexta-feira (19). A ação policial foi realizada no bairro Passagem de Areia.

Segundo as investigações, as suspeitas realizaram um “Tribunal do Crime” para punir a vítima que teria realizado uma ação criminosa no bairro Passagem de Areia e, segundo as envolvidas, deveria ser penalizado. Foi constatado também que o homem estava acompanhado de familiares e foram mantidos em cárcere privado, sem acesso à comida e água. Toda a família foi penalizada.

As mulheres foram conduzidas à Delegacia para a realização dos procedimentos legais e, em seguida, encaminhadas ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Ponta Negra News

Convenções podem ser realizadas a partir deste sábado; Natal aguarda definição de candidatos a vice

Os partidos e as federações podem realizar, a partir deste sábado (20) até 5 de agosto, as convenções partidárias para oficialização da escolha de candidatas e candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores com vistas às eleições municipais de outubro. Após a definição, o registro das candidaturas deve ser solicitado até 15 de agosto à Justiça Eleitoral por meio do Sistema de Candidaturas. Em Natal, apenas o pré-candidato à Prefeitura do Natal, Paulinho Freire, conta com a ex-secretária de planejamento da capital, Joanna Guerra, compondo sua chapa como vice.
Nas convenções, também é deliberada a formação de coligações (união de dois ou mais partidos) para a disputa da eleição majoritária (prefeita ou prefeito). Desde 2017, não é mais possível fazer coligação em eleições proporcionais (disputa para as vagas de vereadores e deputados estaduais e federais). Apenas partidos que já estejam unidos em federações poderão disputar essas vagas de forma conjunta.

Entenda normas para as convenções

As convenções podem ser realizadas de forma presencial, virtual ou ter formato híbrido. Partidos e federações podem usar gratuitamente prédios públicos, desde que comuniquem os responsáveis pelo local com antecedência mínima de uma semana. As deliberações devem seguir a legislação eleitoral e as normas previstas nos estatutos dos partidos e federações.

Cada partido, federação ou coligação poderá registrar apenas uma pessoa aos cargos de prefeita ou prefeito e seus respectivos vices. Já na eleição para vereador, poderá lançar até 100% do número de lugares a preencher mais uma candidata ou candidato, conforme a Resolução nº 23.609/2019, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Tribuna do Norte

Bombeiros do RN removem abelhas na Festa de Sant’Ana em Caicó

Foto: Cedida

Um enxame de abelhas precisou ser removido pelos militares do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte no início da noite desta quinta-feira (18) na cidade de Caicó.

O enxame estava numa árvore na principal avenida que dá acesso a Ilha de Sant’Ana onde estava programado a procissão para dar início as comemorações da Festa.

Felizmente, ninguém se feriu e a avenida logo foi liberada em segurança para o trânsito.

Receita Federal apreende R$ 250 mil em comprimidos de ecstasy em Natal/RN

Foto: Cedida

Ao todo, foram encontrados 2,5 mil comprimidos da droga em apenas uma encomenda postal.

Na manhã desta sexta-feira (19), a Receita Federal apreendeu, em operação de vigilância e repressão realizada no Centro de Tratamento de Cargas e Encomendas, em Natal/RN, uma encomenda postal contendo 2,5 mil comprimidos de ecstasy avaliados em R$250 mil.

Declarada como placas de vídeo, a encomenda foi enviada de São Paulo/SP e tinha como destino Natal/RN. Apesar da tentativa de dificultar a detecção da droga, os agentes caninos Ithor e Saymon, apontaram certeiramente a carga, que além da ocultação em outros materiais, estavam dispostas em meio a milhares de outros objetos.

O ecstasy é uma droga sintética, derivada do MDMA, com alto poder alucinante e que provoca diversos distúrbios à saúde humana.

O material apreendido será devidamente encaminhado às autoridades policiais para uma investigação mais detalhada do crime, por meio de um inquérito policial.

Como atividade essencial à proteção da sociedade e do Estado, a Receita Federal do Brasil atua na rotineiramente combatendo o contrabando, descaminho, evasão de divisas, tráfico internacional de drogas e armas e outros crimes transfronteiriços nos postos de fronteira terrestre, aeroportos e portos de todo o país.